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Centrão aproveita fragilidade do governo Lula para exigir mais cargos


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

A popularidade do governo Lula vem caindo a cada pesquisa de opinião pública. Há quem diga que nunca esteve tão baixa. Muitos são os motivos, entre eles a adoção de uma política econômica equivocada, que só tem oxigenado a inflação, levando à população ao desespero. Percebendo a fragilidade do governo, o centrão se articula para arrancar mais cargos na Esplanada dos Ministérios, antes de fechar completamente o registro do cilindro de oxigênio.

O grupo, controlado, na Câmara, por Fernando Lira, e no Senado, por Ciro Nogueira, entre outras figurinhas carimbadas do fisiologismo nacional, estaria de olho no Ministério do Desenvolvimento Econômico Social, comandado pelo petista Wellington Dias, cuja atuação vem sendo bastante criticada, inclusive por “companheiros” de partido. Mesmo assim, Dias não acredita na possibilidade de o presidente entregar o ministério responsável pelo maior e mais importante programa de distribuição de renda do governo, o Bolsa Família, nas mãos do centrão, mas ele pode estar cometendo um terrível erro de avaliação. Se o presidente não ceder ainda mais ao fisiologismo do centrão, corre o sério risco de não concluir seu mandato.

É inútil o governo ficar improvisando ideias e propostas que em nada contribuem para reduzir a inflação. Não adianta colocar dinheiro no bolso dos mais pobres, por meio de programas sociais como o Pé-de-Meia, quando as pessoas não conseguem comprar nada, uma vez que os preços dos alimentos estão nas nuvens. Os responsáveis pela economia do país precisam se preocupar com as consequências nocivas da inflação. Isso é o mínimo que os pagadores de impostos esperam e a sociedade reclama dos que são pagos para administrar a coisa pública.

Enquanto permanecer nas mentes das autoridades do governo petista o propósito de responder às dificuldades que a população brasileira enfrenta com propostas inócuas, mínima será a probabilidade de a inflação descer a patamares, digamos, aceitáveis, e o governo Lula a merecer a confiança de parcela expressiva da sociedade, como aconteceu nos seus dois primeiros mandatos.  O governo está no mato sem cachorro. Consciente disso, o centrão vai jogar pesado para arrancar o que puder antes de abandonar o barco petista à sua própria desdita. Essa é a estratégia do centrão, cuja principal característica é o fisiologismo.

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