Segunda-feira, 21 de abril de 2014 - 14h41
Como todos sabem, a Copa do Mundo de Futebol será realizada no Brasil este ano. E, além dos problemas, desvios de dinheiro, falcatruas e crimes que foram cometidos com o dinheiro público durante a construção de estádios, a Copa levanta outra questão: o patriotismo do brasileiro, está em dia?
Não, como de costume. Engana-se quem pensa que ser “brasileiro” restringe-se apenas ao período de Copa do Mundo. E esse brasileiro não pertence apenas a massa – povão. Pertence à todos os estamentos da sociedade. Ah, a copa do mundo... Brasil! Época em que vemos o hino nacional sendo cantado e respeitado por todos, época de pintar o rosto, enfeitar a rua, a frente da casa e o carro com as cores da bandeira do nosso país. Gozado, nunca se vende tanto a bandeira do Brasil como em época em que o futebol brasileiro está em evidência. Por que será? Fácil! Porque somos Brasileiros! Somos Patriotas (de chuteiras, mas tá valendo)!
Já dizia Lima Barreto: “o Brasil não tem povo, tem público.” A educação do país está reprovada; a saúde está em coma; a segurança pública está refém da bandidagem; a Petrobrás, que já foi uma das maiores empresas do mundo (12ª, segundo o jornal Financial Times) e que era símbolo do orgulho nacional, hoje encontra-se na fossa. Com tantos problemas, com tanta coisa a ser feita e mudada, e você aí vibrando com o gol do Neymar.
Verdade seja dita: nós merecemos o Governo que temos. Pois, enquanto continuarmos a idolatrar um time de futebol e lembra de ser brasileiro apenas em época de Copa, o país continuará na mesma vala de sempre. Questiono: com que frequência você canta o hino nacional e hino da bandeira? Pergunte ao seu filho: qual foi a última vez que ele/ela participou de um momento cívico na sua respectiva escola? Reflita.
Segundo o dicionário Aurélio, a definição de Patriota “é aquela pessoa que ama a pátria e procura servi-la; aquele que tem consciência dos deveres cívicos e apegou ou admiração pelas coisas de seu País.” Ser patriota não significa comemorar com a vitória do Brasil no campo, mas também ser cidadão, participar ativamente do que acontece no País, na política, cobrar por melhorias, fazer algo para contribuir ou mudar a atual realidade. Posto isso, reflita e acorde dessa ilusão que se tem de brasileiro. Já dizia grande pensador contemporâneo Ronaldo Nazário de Lima: “Não se faz Copa do Mundo com hospitais.” Sou brasileiro, com muito orgulho e com muito amor. Gol do Brasil!!!
Marcelo Negrão, 17, estudante de administração
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