Sábado, 12 de janeiro de 2008 - 16h07
BORDEJO DE CARNAVAL (III)
“Em noite alta, dentre os muitos afazeres com o carnaval, divagamos... Se provocada, quanto ao DNA cultural da cidade, a ciência assim nos responderia: Paciente: Porto Velho. Objeto de pesquisa: foliões da cidade. Resultado: BVQQ+.”
Por: Altair Santos (Tatá)*
Lá vem ela outra vez! A jovem senhora Banda do Vai Quem Quer como de costume - há 28 anos - nos tira pra dança e o salão-palco é a cidade. Onde quer que estejamos (no sábado 02 de fev), até mesmo no mais distante ponto do efervescente percurso (o que impossível de acontecer), o nosso subconsciente - que também é folião – estará de forma pulsante e serelepe, entoando, uma que seja, dentre as tantas marchinhas temas do maior e mais contagiante bloco carnavalesco da Amazônia. A fantasia-alegria, estilosamente pronta no imaginário, revestirá a cidade com múltiplas faces festivas. Seja pierrot, arlequim, pirata ou colombina. Seja palhaço, rei ou rainha, não importa, a festa é nossa, a banda é sua e também é minha. Ao som do acorde primeiro, como toque de partida, outra vez o querer popular se fará valer, pela extensão da Carlos Gomes e ladeira abaixo na 7 de setembro, explicitando o sentimento e atitude vaporizante da pátria-carnaval. Não sabemos ao certo em quantos estaremos. Dizem que talvez estejamos em 70, 80, 100 mil. Importa nisso tudo é que esses muitos mil, representam um manifesto espontâneo e cultural, popular, em forma de “me chama que eu vou.” Como a banda é sempre esse escancarado e sedutor convite, nem precisava tanto, pois lá estaremos, desde cedo, engrossando um forte canto - permeado por marchinhas frevos e sambas de enredo – exibindo a nossa tez carnavalesca. A Banda do Vai Quem Quer está para o carnaval, para o folião e para a cidade de Porto Velho, assim como a bola está para o jogador e este para o futebol, ou seja, não dá pra separar. É impressionante, a cada ano, testemunhar o processo natural de adesão em torno da Banda. Cada vez mais, ela representa o nosso melhor corredor da folia, o nosso mais expressivo e esquisito plebiscito, o qual não faz pergunta, mas tem resposta: sábado de carnaval. Existe nessa história de quase três décadas, muito mais do que se possa imaginar. Levados pelo forte compromisso do povo com o bloco, fôssemos hoje, pesquisar o DNA cultural da cidade, lá no diagnóstico estaria BVQQ+ (Banda do Vai Quer Quem “positivo”), o que quer dizer: sangue bom, apto de noite e de dia, ótimo pro carnaval, excelente pra folia.
(*) o autor é músico e vice-presidente da Fundação Iaripuna.
tata.anjos@bol.com.br
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