Quinta-feira, 18 de dezembro de 2025 - 13h30

Quando o
fascismo voltar, ele não dirá “eu sou o fascismo”. Ele dirá “eu sou a
liberdade”.
Umberto
Eco (escritor, filósofo, professor, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano)
As eleições de 2026, partiu!!!.
Nos próximos meses ocorrerão
eleições gerais decisivas, não somente para o Brasil, mas para o próprio
destino da América do Sul. A extrema direita (digo, o governo Trump) já conta
com aliados incondicionais e subservientes na Argentina, Bolívia, Chile,
Equador, Paraguai e Peru. Em 2026 haverá eleições no Brasil e na
Colômbia.
A relação “interventora”,
“imperial” e “colonial” dos EUA está em pleno processo nos países americanos.
No Brasil ameaçando e chantageando o poder judiciário, na Venezuela usando o
pretexto de ser um país dominado pelos “terroristas”, narcotraficantes,
intimidam com intervenção militar. E no México ameaça incursões armadas para
combater os cartéis e gangues do narcotráfico.
Neste cenário, apoiar a extrema
direita é aceitar a tutela dos USA, se tornar um país submisso, sem soberania,
sem respeito a si próprio, tornar uma “República das Bananas”. É isto que
propõe os extremistas no Brasil, alojados no partido liberal (PL), e no grupo
conhecido como “Centrão” que engloba membros fisiológicos de vários partidos (PSC,
PP, PROS, PMDB, PTB, PR e Solidariedade), e que difundiu o lema “é dando que se
recebe”.
Mas afinal, o que está em jogo é
o projeto de nação que queremos. Não é simplesmente apoiar um plano de governo,
que é temporário e dirigido para uma gestão específica. Será que estamos em
condições de estabelecer uma maioria expressiva que aponte uma direção
contínua, e que transcenda diferentes administrações, visando a soberania, a
democracia e a consolidação de uma identidade nacional?
O impeachment deflagrado contra a
presidente Dilma, acabou interrompendo um ciclo, resultando na eleição do
extremista fascista Jair Bolsonaro, com apoio de setores conservadores radicais
da sociedade, do empresariado, de segmentos evangélicos, da cadeia do
agronegócio predatório, de madeireiros e garimpeiros que atuam ilegalmente na
Amazônia, de funcionários públicos de baixo escalão, de setores da classe
média, de segmentos fascistas que surgiram em alguns Estados, e de parte das
corporações militares. E neste governo ficou claro qual seria o projeto de poder
desses grupos que tentaram um golpe de Estado, que teve seu ápice em 8 de
janeiro de 2023.
A visão dos golpistas era de uma
sociedade com retorica nacionalista, patriótica e autoritária, condicionando a
transformação do país à “revitalização dos valores morais, éticos e do
civismo”, ao fortalecimento do “sentimento de Pátria”, ao “combate à revolução
cultural”, à “promoção do sentimento coletivo de Nação”.
Além de negar a realidade,
acusando de globalismo um movimento internacionalista que tem como objetivo,
segundo os extremistas fascistas, massificar a humanidade para dominá-la,
dirigir e mesmo controlar tanto as relações internacionais, quanto as dos
cidadãos entre si. Negam a ciência e as mudanças climáticas e seus efeitos
provocados pelo modo de vida consumista, perdulário e predatório da sociedade.
São perigosas visões de sociedade
que desprezam o pluralismo do mundo contemporâneo, e justificam a tutela da
sociedade por uma ordem que se arvora - sem legitimidade para fazê-lo - numa
autoridade moderadora acima das instituições democráticas, que seriam as forças
armadas.
Convivemos durante 4 anos com
esta visão que teve como resultado mais evidente as ações durante a pandemia do
COVID, em que foi negado acesso a vacina pelo governo de extrema direita, e que
segundo a ciência poderia ter evitado milhares de mortes caso a vacina tivesse
sido entregue a população.
Exemplos não faltam para impedir
que o fascismo encarnado pelo (des)governo Bolsonaro retome o poder nas
eleições de 2026, e implante o ódio, a misoginia, o racismo, o negacionismo.
Nos livramos dele em 2022, e mais do que nunca precisamos vencê-lo em 2026.
Em contrapartida precisamos
apoiar um conjunto de aspirações e diretrizes amplamente compartilhadas pela
sociedade que visam orientar o desenvolvimento do país. Um novo paradigma
civilizacional deve ser implantado para superar a lógica do lucro, e das políticas
capitalistas, causa da degradação ambiental e da exclusão social.
É essencial a defesa de um Estado
soberano e democrático, o respeito ao Estado de direito e as minorias. A busca
por uma sociedade mais justa e igualitária, combatendo a pobreza e com inclusão
social, e a garantia ao acesso universal aos serviços essenciais, de saúde,
educação, segurança e infraestrutura básica. Que o modelo de desenvolvimento
concilie a geração de riqueza com respeito e preservação ambiental, além da
responsabilidade social. Assim garantindo um futuro de paz, igualdade para as
presentes e futuras gerações.
A participação popular deve estar
presente na construção de um projeto de nação que deve ser um processo contínuo
de diálogo com os diferentes setores da sociedade do campo e da cidade,
incluindo trabalhadores, comunidades rurais, populações vulneráveis,
comunidades indígenas, quilombolas, juventude e ativistas.
Após a prisão do ex-presidente, a
extrema direita (pois hoje não existe direita no país) tenta reagir. As
recentes ações da matança ocorrida no Rio de Janeiro, a chacina policial mais
letal da história do país, fazem parte da estratégia a ser utilizada tendo como
tema central nas próximas eleições, a segurança pública. Em nome de combater a
violência engendrada por grupos organizados, o mandante deste massacre, o
governador do RJ Cláudio Castro (PL) foi aplaudido em um culto/missa, conforme
relatado na imprensa. Não nos esqueçamos que também Adolf Hitler costumava ir à
Igreja e ser recebido com aplausos.
A espetacularização do extermínio
é usada para fins políticos, e que nada resolve o problema. É incapaz de
desarticular estas redes de criminosas, muito menos de atingir os fluxos
financeiros que dão sustentação a esta atividade ilegal. Buscam utilizar o
discurso do ódio, da guerra contra o narcotráfico, para melhorar suas chances
eleitorais. A questão da segurança pública sem dúvida terá papel de destaque na
campanha eleitoral, e não podemos cair na armadilha dos governadores
extremistas de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás e do Rio de Janeiro que
se reuniram no Rio de Janeiro, em apoio ao massacre orquestrado pelo governador
carioca, e anunciaram a formação do “consorcio da paz”. Segundo eles para
combater a violência, e integrar forças de segurança destes Estados, e suas
equipes de inteligência. Uma manobra político-eleitoral, pois a reunião serviu
somente para a fotografia, sem que fossem anunciadas medidas concretas para o
combate efetivo da violência. Um simples contraponto midiático ao governo
federal.
O perigo deste agrupamento de
ocasião, que apoia ex-presidente presidiário Bolsonaro, é armar uma armadilha
retórica, e assim minar a democracia através da desinformação. Lembremos que
estes governadores, alguns deles candidatos nas eleições de 2026, apoiaram o
que ficou conhecido como a PEC da Bandidagem. Projeto de Lei de emenda à
Constituição que exigia a autorização do Congresso Nacional para o Supremo
Tribunal Federal (STF) abrir ações penais protegendo os parlamentares
investigados de processos criminais, como assassinato, roubo e corrupção,
criando um escudo para impunidade, e restringindo a ação da polícia federal. Felizmente,
manifestações públicas em todo o Brasil fizeram recuar, e impedir no Senado
Federal que esta proposta escandalosa virasse Lei.
Diante do momento histórico que
estamos vivendo às perguntas que os eleitores deverão responder nas próximas eleições
para a escolha de seus candidatos podem ser simplificadas em:
· Votaria
em candidato que apoiou a tentativa de golpe de Estado e a PEC da
blindagem/bandidagem?
· Votaria
em candidato que derrubou os vetos presidenciais ao PL da Devastação, atacando
o principal instrumento de proteção ambiental do país, a lei do licenciamento
ambiental?
· Votaria
em candidato que apoia os jogos de azar, cassinos no país?
· Votaria
em candidato envolvido em escândalos financeiros, em sonegação de impostos?
· Votaria
em candidatos que apoiam a manutenção de seis dias trabalhados, mesmo sendo
reconhecido que a atual norma padrão 6x1 limita a convivência familiar, reduz o
tempo disponível para estudo e aumenta riscos de adoecimento?
· Votaria
em candidato que responde processos na justiça?
· Votaria
em candidato que defende agrotóxicos proibidos em outros países, que fazem mal
a saúde das pessoas e contamina o meio ambiente?
· Votaria
em candidato que nega a ciência quando ela afirma que a destruição da natureza
causa as mudanças no clima, o aquecimento global?
· Votaria
em candidato que utiliza e manipula a fé para seus objetivos políticos?
· Votaria
em candidato que ataca a democracia, e conclama militares a tomarem o poder?
· Votaria
em candidato que propõe comprar seu voto com favores e benefícios?
Os eleitores precisam escolher
nomes com história, com coerência, que respeitam o povo, e não quem o iluda. Devemos
evitar de eleger parlamentares espertalhões que compram ou sequestram votos
para serem eleitos, querem se tornar “políticos” – uma das “profissões” mais
cobiçadas – para enriquecer sem maiores sobressaltos, defendendo seus próprios
interesses e os dos que financiam suas campanhas.
Com o surgimento da Lei 9840/99,
conhecida como a "Lei Contra a Compra de Votos", a Justiça Eleitoral
tem um instrumento contra o crime de uso do poder político e econômico para
entrar no Legislativo e Executivo. Esta lei combate à corrupção eleitoral no
Brasil, proibindo candidatos de doarem bens ou vantagens em troca de votos e o
uso indevido da máquina administrativa (como dar empregos ou brindes), prevendo
para os infratores multa e cassação do registro ou diploma.
Está nas mãos do eleitor elevar o
nível ético e da representatividade do Poder Legislativo de nossos parlamentos,
em seus diversos níveis e eleger pessoas dignas e comprometidas com a construção
de um país mais justo, igualitário e sustentável. Recente pesquisa Datafolha
mostrou que de cada 10 eleitores, 6 não se lembram em quem votou nas últimas
eleições. Não sabem o que o político fez, assim não dá para reclamar do
resultado. A culpa é de quem vota.
Neste ano teremos cinco votos
depositados (deputado estadual, deputado federal, 2 senadores e presidente da
República) para o futuro que desejamos ao país. A escolha que faremos é o
espelho da sociedade que queremos. Essas eleições darão rumos significativos
para nossa democracia, pois desde a Constituição de 1988, as instituições
democráticas nunca estiveram tão ameaçadas.
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