Segunda-feira, 1 de dezembro de 2025 - 13h54

Trocar de carro é uma decisão que vai além do desejo
por um modelo mais novo ou moderno. Envolve uma análise financeira cuidadosa,
que considera desde o valor de revenda até o custo de manter o automóvel atual.
Para muitos motoristas, o dilema surge quando as
despesas com manutenção e impostos passam a pesar mais do que o investimento em
um novo veículo, mas o cálculo exige atenção a diferentes fatores. Antes de
qualquer decisão, é comum que o motorista também queira consultar a situação do veículo
atual para verificar pendências, histórico e condições antes de colocá-lo na
troca.
Nos últimos anos, com a valorização dos veículos
usados e o encarecimento de novos modelos, o momento de troca tornou-se um tema
cada vez mais estratégico para o bolso. O ponto ideal para trocar de carro
depende do equilíbrio entre custo de uso e valor de revenda, além da capacidade
financeira de cada motorista.
O primeiro fator que deve entrar na conta é a
depreciação do veículo. Assim que sai da concessionária, um carro novo perde
parte do seu valor — em média, entre 15% e 20% no primeiro ano, segundo dados
de empresas de avaliação automotiva.
Com o passar do tempo, essa desvalorização tende a se
estabilizar, mas aumenta novamente conforme o automóvel envelhece e acumula
quilometragem. Em geral, o melhor momento para trocar ocorre entre o terceiro e
o quinto ano de uso, quando o carro ainda tem boa aceitação no mercado e não
exige grandes gastos com reparos.
No entanto, modelos com boa reputação de durabilidade
e revisões em dia podem manter valor por mais tempo. A manutenção do histórico
completo de serviços, comprovado por notas fiscais e registros no manual,
também contribui para uma revenda mais vantajosa.
A análise financeira não se limita ao preço de
revenda. À medida que o carro envelhece, os custos de manutenção e peças de
reposição tendem a aumentar. Despesas com pneus, freios, suspensão e correias —
somadas ao consumo de combustível — podem elevar o custo mensal de uso a níveis
próximos ao de um financiamento.
Outro ponto de atenção é o IPVA, imposto que incide
sobre o valor de mercado do veículo. Automóveis novos e de maior valor sofrem
cobrança mais alta, enquanto modelos mais antigos podem estar isentos,
dependendo da legislação do estado. Em alguns casos, vale manter o carro por
mais tempo para aproveitar essa vantagem fiscal; em outros, o peso da
manutenção supera a economia com o imposto.
Por isso, o ideal é comparar o gasto anual médio do
veículo atual (incluindo combustível, seguro, manutenção e tributos) com o
custo de aquisição e manutenção de um novo. Quando a diferença entre ambos for
pequena, a troca pode representar um uso mais eficiente do dinheiro,
especialmente se o novo modelo for mais econômico ou oferecer garantia
estendida.
Outro aspecto importante é a forma de pagamento.
Trocar o carro à vista costuma ser mais vantajoso, evitando juros de
financiamento que podem elevar o custo total em até 30%. Mas, para quem depende
de crédito, é essencial comparar as taxas e condições de diferentes
instituições financeiras.
O valor de entrada também influencia a decisão. Uma
boa estratégia é utilizar o carro atual como parte do pagamento, reduzindo o
valor a ser financiado. Plataformas digitais e concessionárias costumam
oferecer simulações gratuitas que ajudam a visualizar o impacto no orçamento.
Planejar a troca com antecedência permite aproveitar
as melhores oportunidades de mercado, como períodos de feirões ou reduções de
imposto em determinadas categorias de veículos, como elétricos e híbridos.
Nem toda troca precisa ser motivada apenas por
finanças. Mudanças no estilo de vida — como aumento da família, mudança de
cidade ou necessidade de um veículo mais econômico — também pesam na decisão.
Entretanto, nesses casos, é importante que a escolha não comprometa o
equilíbrio do orçamento.
Antes de fechar negócio, o motorista deve avaliar se o
novo carro trará redução de custos de uso (como menor consumo de combustível ou
manutenção mais barata) ou se o investimento tem caráter apenas emocional.
Trocar de carro pode representar economia ou prejuízo,
dependendo da forma como a decisão é tomada. Mais do que um ato de consumo, é
uma escolha que exige planejamento e comparação de custos.
Ao colocar todos os valores no papel — depreciação,
seguro, IPVA, revisões e combustível —, o motorista consegue identificar se o
carro atual ainda compensa ou se a hora da troca chegou. Com uma análise
criteriosa, o sonho de um novo veículo pode deixar de ser apenas desejo e se
transformar em uma decisão financeiramente inteligente.
Segunda-feira, 1 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)
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