Segunda-feira, 21 de julho de 2025 - 14h37
A
satisfação é total ou parcial? E a insatisfação é total ou parcial? Ou vive na total
indiferença?
Por meio de muitas portas passam a insatisfação de muitos professores, entre
eles, destacamos:
-
A falta de valorização e o reconhecimento profissional é uma realidade para a
maioria da categoria seja no ambiente público ou privado. O reconhecimento aqui
expresso não significa receber qualquer tipo de medalha ou troféu, aplica-se
aos diversos circunstâncias no exercício da profissão. Diante das diversas
realidades enfrentadas, quem hoje se sente plenamente feliz trabalhando na área
da educação?
-
Melhores condições de trabalho. Atualmente já existem escolas orientando os
professores para que ajam com os alunos como se eles estivessem em suas casas,
acolhendo inclusive, até as desobediências ou indisciplinas. A falta de
alinhamentos pedagógicos, o fluxo de sistemas inoperantes que requerem acessos
específicos, mas nunca funcionam como se devem se tratando da escola pública.
Não se pode esquecer quanto aos aspectos salariais que na maioria das vezes
estão incompatíveis com as diversas cargas acumuladas e vulnerabilidades
envolvidas no exercício da profissão, seja pública ou privada.
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Gestão orientada para constante aprovação. Em algumas políticas públicas pode-se
observar grande esforço para atingir as metas de aprovações, com isso,
dispensar qualquer nota vermelha na caderneta dos alunos. Olha bem, a que ponto
esta o sistema público em algumas cidades ou Estados.
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A sobrecarga de jornadas de trabalho. Além de atender os expedientes da sala de
aula, cumprir com jornadas estendidas em casa para cumprir com o cronograma
escolar e não ter remuneração para nada disso.
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Diretores ou coordenações escolares inconvenientes. Aqueles que costumam
criar barreiras perante os projetos pedagógicos elaborados pelos professores
que desejam melhorar o desenvolvimento de seus alunos.
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Cresce o fluxo de laudos para justificar o cenário clínico de crianças
consideradas atípicas ou neuro divergentes. Quando na maioria das vezes é falta de
controle disciplinar dos próprios pais, muita birra das crianças e os pais vão
abrindo mão de impor limites claros e discipliná-los com firmeza. Vale
ressaltar que ter firmeza na voz, não é o mesmo que gritar nos pés dos ouvidos
com xingamentos, até para evitar equívocos.
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A frustração, o cansaço ou a exaustão em função dos atuais perfis de alunos,
pais e inclusive, os modelos de gestão das escolas. Neste caso, não
importa se as escolas são particulares ou públicas, mesmo porque, gerir a saúde
emocional é um desafio diário. Mas são poucos os profissionais que conseguem
chegar no final do calendário letivo com um sorriso de alegria e satisfação na
face.
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Cresce o número de pais que querem interferir na forma como os professores
ministrem as suas aulas para o agrado de seus filhos. Como os profissionais
vai enfrentar esta realidade de cabeça serena e pacífica? Nem todos tem a mesma
estrutura emocional para suportar certos níveis de enfrentamentos diante de
conflitos de interesses, onde os pais são protagonistas.
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Hoje, temos pais que questionam dos professores como eles podem lidar com os
próprios filhos.
Como encarar esta realidade se os filhos permanecem com os professores apenas
durante um turno, se tratando das séries iniciais? São os pais que colocaram no
mundo que estão dentro deste conflito, pois já não sabem o que fazer para
disciplinar, educar com base em valores. Resumindo, cada um dá o que tem, se
grita por socorro é porque não tem competência emocional para maternidade ou
paternidade.
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Como professores com alto nível de insatisfação, frustração e indiferença criarem
condições favoráveis para o desenvolvimento intelectual e emocional dos seus
alunos?
É muito contraditório, pois não irá. Afinal, quando não se quer fazer algo com
alegria, satisfação ou prazer, por mais currículo que se tenha, não conseguirá
agregar valor verdadeiro e humano de modo a alcançar as necessidades reais dos
alunos com excelência.
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A falta de treinamentos e ações para a integração da equipe escolar no sentido
de reduzir a rigidez nas relações por vezes desgastadas e cheias de ruídos na
comunicação interna.
Apesar de serem professores, tem também os seus vícios comportamentais, alguns
mais que outros e por vezes, pode acontecer de alguns profissionais adotarem
posturas tóxicas ou abusivas entre os colegas. Quantos profissionais os colegas
querem manter total distância por conta das condutas inadequadas?
Os
gestores educacionais atravessam por um momento muito dinâmico, nos quais,
requer total atenção para a sua equipe. Há uma grande necessidade de ter
profissionais da psicologia no ambiente escolar com o propósito de atender os
professores. Afinal, eles cuidam de muitos alunos, mas na realidade quem
pode cuidar deles que estão na linha frente, vítima das suas próprias dores?
*
Uemerson Florêncio –
Escritor. Treinador, palestrante e correspondente internacional, onde expõe
sobre a análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises.
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