Quarta-feira, 25 de junho de 2025 - 17h06
A educação digital deixou de ser
tendência para se tornar uma demanda estratégica nas empresas. Mas mesmo com o
avanço das plataformas e da tecnologia, ainda vemos muitos erros básicos sendo
cometidos na hora de criar conteúdos de aprendizagem para o ambiente digital.
São falhas que comprometem o engajamento dos colaboradores, reduzem a
efetividade dos treinamentos e, no fim das contas, afastam a área de
treinamento dos objetivos de negócio.
A seguir, compartilho os erros mais recorrentes que
identificamos e como evitá-los com soluções práticas:
1. Falta de
engajamento do público
Um dos principais desafios das empresas é fazer com
que os colaboradores realmente queiram participar dos treinamentos. Muitas
vezes, os conteúdos são longos, genéricos ou mal contextualizados.
Como evitar: comece pelo colaborador. Use narrativas que façam sentido
no dia a dia dele, invista em microlearning, gamificação e recursos visuais
dinâmicos. E principalmente: mostre logo no início do conteúdo o “porquê” e o
“pra quê” daquele treinamento. Sem propósito, não há engajamento.
2. Ausência de
adesão da liderança
Sem o apoio visível dos gestores, o aprendizado perde
prioridade e vira apenas uma tarefa a ser cumprida.
Como evitar: envolva a liderança desde o início, desde o diagnóstico
até o lançamento dos treinamentos. Mostre como o conteúdo pode impactar os
indicadores do time e ofereça dados sobre o progresso. Quando o líder valoriza
a aprendizagem, o time segue o exemplo.
3. Linguagem
inadequada ao público-alvo
O erro aqui é criar um conteúdo com “cara de manual
técnico” ou, ao contrário, informal demais para públicos que exigem mais
sobriedade.
Como evitar: adapte à linguagem ao perfil da sua audiência. Se o
público for operacional, vá direto ao ponto com exemplos práticos. Se for
estratégico, conecte os temas à tomada de decisão e tendências do setor.
Personalização é o caminho.
4. PowerPoint
mal adaptado para o digital
A tentação de transformar uma apresentação em um
curso é grande. Mas o que funciona em uma reunião não funciona necessariamente
em uma plataforma de aprendizagem.
Como evitar: fuja do “Ctrl+C, Ctrl+V” de slides. Reestruture o conteúdo
com foco em narrativa, interatividade e fluidez visual. Aposte em storytelling
para dar ritmo e contexto à jornada do aprendizado. Recursos como vídeos
curtos, quizzes, simulações e trilhas gamificadas tornam a experiência mais
dinâmica e eficiente. O digital exige uma nova lógica de construção — mais
narrativa, menos leitura passiva.
5. Baixa
didática no conteúdo
Outro erro comum é subestimar o papel da didática em
ambientes digitais. Às vezes, o conteúdo até é bonito, mas não ensina nada.
Como evitar: conte com especialistas em design instrucional. Eles
garantem que o conteúdo siga uma progressão lógica, conecte teoria à prática e
promova retenção do conhecimento.
6. Falta de
alinhamento com a estratégia do negócio
Treinamentos que não dialogam com os desafios reais
da empresa rapidamente se tornam obsoletos ou irrelevantes.
Como evitar: a área de treinamento precisa atuar de forma consultiva,
entendendo os objetivos estratégicos e ajudando a impulsioná-los por meio da
aprendizagem. Todo conteúdo precisa responder à pergunta: “como isso ajuda
minha empresa a crescer”?
7.
Interatividade insuficiente
Treinamentos passivos — em que o colaborador só
assiste ou lê — têm menos retenção e menor adesão.
Como evitar: use recursos como quizzes, simulações de decisão, vídeos
interativos e realidade aumentada. O participante precisa se sentir parte do
processo, não apenas um espectador.
Tenho visto que empresas que acertam nesses pontos
conseguem resultados concretos: mais engajamento, mais aprendizado aplicado e
maior impacto nos indicadores de negócio. A educação digital é uma ponte entre
o agora e o futuro — desde que seja feita com estratégia, método e foco no
usuário.
*Luiz Alexandre Castanha, administrador de empresas com especialização
em gestão de conhecimento e storytelling aplicado à educação, coautor do livro
“Olhares para os Sistemas” e é CEO da NextGen Learning. Mais informações no
site.
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