Segunda-feira, 25 de abril de 2022 - 16h10
Havia
na empresa onde trabalhei quase quarenta anos, o costume, enraizado na
tradição, de não abandonar o local de trabalho, sem o chefe do departamento,
dizer: " Podem sair!"
Ora,
após a Revolução dos Cravos", muitos camaradas, confundindo liberdade com
falta de educação, logo que os ponteiros do relógio indicavam a hora da saída,
vestiam os casacos e debandavam, sem aguardarem a tradicional ordem.
Desconheço
o que se passava noutros departamentos, no meu, o chefe – que gostava de falar
bonito, - vendo a balbúrdia e sentindo-se inerme, passou a dizer no final do
serviço: " Os bem-comportados podem sair..."
Passaram-se
mais de quarenta anos, hoje, ao ver: carros estacionados nos passeios, peões e
automobilistas a desrespeitarem semáforos e desrespeitos constantes à
autoridades, fico a cogitar, de mim para mim: as leis, os deveres, são só para os:
"bem comportados".
Quem
é cumpridor, leal e respeitador é taxado, normalmente, por lorpa. Como se ser
educado, cumpridor e respeitador, fosse defeito. Defeito que pode levar os
íntegros a Rilhafoles.
Estando
a conversar com amigo sobre o assunto, este saiu-se com boa: na sua firma há
trabalhadores respeitadores e honestos, mas também serelepes provocadores, que
geram conflitos e desestabilizam.
Estes,
raras vezes são repreendidos, nem sofrem processos disciplinares.
Todavia,
quando o respeitador realiza infração, é-lhe aplicado castigo severo.
Perguntei-lhe
atónito: Por que não lhe relevam a falta? Mas fiquei varado ao escutar:
-"
Dizem que é para servir de exemplo para os indisciplinados!..."
Conclui-se:
nos tempos que correm, ser bom, obediente e educado, não só passou de moda,
como passou a ser defeito crasso.
Assim
caminha o mundo, com sociedade que inverteu valores.
Fala-se de paciência como se fosse um adorno moral, uma virtude de vitrine. Mas, no íntimo da vida real, ela é mais do que palavra repetida em sermõ
Conhecem os políticos as dificuldades do povo?
Durante o tempo que fui redator de publicação local, e realizei várias entrevistas a figuras notáveis.Certa ocasião, entrevistei conhecida deputada.
Crônica do futuro nuclear brasileiro
"A nova era nuclear: uma etnografia da retomada do programa nuclear brasileiro — ou uma crônica do futuro". Este sugestivo título da tese de doutora
"Isso é em Portugal e na Europa!..."
Estando na companhia amiga de meu cunhado, a almoçar suculenta feijoada brasileira, onde não faltava boa farofa, couve guisada e abundante carne, tu