Domingo, 27 de julho de 2025 - 08h10
Ao perpassar por estaleiro de obras de empresa
de construção, que construía hotel, na cidade do Porto, escutei o seguinte diálogo:
“Estou a aprender brasileiro, para entender-me com os operários."
Seria natural, que residentes, embora
temporariamente – penso eu – fossem habituando aos termos e expressões usuais
na terra onde vivem. Assim fiz, quando permaneci em São Paulo.
Mas, parece-me não acontecer assim. Quando
chegam a Portugal, o WC continua a ser banheiro, o castanho "marron",
e o telemóvel celular...
Compreendo que fosse assim, mas decorrido meses
ou anos, seria normal que abandonassem essas palavras “enxertadas” na língua
portuguesa.
Todos os povos têm tendência, com o passar de
décadas, a incorporarem neologismos.
Mas, julgo – gostaria de estar enganado, – que existem,
infelizmente, ainda intelectuais, que alimentam o desejo de criarem, nova
língua.
Quando o Brasil se separou, tornando-se independente,
prensaram também, que deveriam ter língua própria.
Esse desejo já vem de longe, como prova o
artigo do Académico Conde de Afonso Celso, publicado no " Correio do
Povo", de Porto Alegre, a 7 de setembro, de 1923, profetizando – com orgulho,
penso eu, – de ver, no futuro, nascer a língua brasileira, tão diferente da
portuguesa, como esta é do latim
O brasileiro é, e sempre foi, bem recebido em
Portugal - tanto o turista, como o imigrante - com amizade, de modo muito
diferente, como Silva Pinto escreveu: "No Brasil", os portugueses. no
início do século XX, em terras de Santa Cruz
Assistindo na TV, a entrevista de cidadão
inglês, que vive há mais de trinta anos no Algarve, verifiquei, com espanto,
que este não sabia exprimir-se em português.
É difícil compreender, que quem vive tantos
anos no nosso País, desconheça, por completo, a língua onde vive. Leva-me
pensar que o desinteresse, não é falta de inteligência, mas desprezo pelo povo
que o acolheu tão carinhosamente.
Espero que o Brasil receba, igualmente, com
carinho, o povo irmão ou pai, como ouvi a político brasileiro, de forma tão
cordial, como são acolhidos os seus cidadãos, em Portugal.
Não julguem que tenho alguma mágoa da terra de
Santa Cruz, País que amo e guardo no coração, como se fosse a minha própria
Pátria e estou ligado, por laços de sangue e por casamento.
Carapanã: o pequeno e grande escudeiro anticolonialista da floresta
Ouvindo um rock and rol composto pelo Berlange Andrade, O Karapanã Infernal, e a crônica de Arimar Souza de Sá, sobre os destemidos pioneiros de Ron
São tantas as vistas naturais do universo e suas consequências no emocional, que as pessoas, entre exclamações e interrogações, diante do mar, de ri
O sacerdócio é vocação ou profissão?
Estando em Roma, apresentaram-me Frei António, frade franciscano, que trabalhou no Vaticano, que me disse: "Vindo à terra natal, de férias, fui abor
Eu tinha uma amiga chamada Teresa, que pertencia a família tradicional da Capital. Disse: tinha, porque já faleceu.Frequentara, desde menininha, conh