Segunda-feira, 21 de abril de 2025 - 16h15
Julgam alguns sacerdotes, que homilias
prolongadas, recheadas de preciosa erudição, em estilo obscuro, fascinam
mormente com crentes de elevada cultura; puro engano.
Estando em Roma, tive oportunidade de prosear
com franciscano, que tentou explicar o motivo da rápida expansão das Igrejas
Evangélicas e seitas, no Brasil.
No parecer do erudito sacerdote, essa
proliferação, deve-se o facto da maioria dos pastores utilizarem linguagem
corrente e usarem termos que o povo facilmente compreende.
O padre tem formação superior, constrói a prática
com frases e vocabulário, que as classes mais baixas da sociedade, em geral,
desconhecem.
O resultado é irem buscar Igreja, que lhes fale
ao coração, com palavras simples e corriqueiras.
Verdade se diga, que há quem frequenta o templo
para saborear subtilezas, como santo Agostinho, assistia aos sermões de santo
Ambrósio:
" Ardorosamente o ouvia, quando
prega ao povo, não com o espírito que convinha, mas como que a sondar a sua
eloquência, para ver se correspondia ou exagerava ou diminuía a sua reputação
oratória
" Estava suspenso das suas palavras,
extasiado do que ele dizia." - "Confissões" - Lº V
Foi desse modo que o franciscano, homem culto,
que temporariamente morava na Via Merulana, em Roma, explicou-me o motivo da
proliferação de seitas, na América Latina.
Termino, levando ao leitor a opinião de Nicola
Bux, Professor da Faculdade Teológica de Bari (Itália) – autor do livro: "
Como Ir á Missa Sem Perder a Fé", " As homilias são por vezes:
demoradas, incompreensíveis e maçadoras, que pouco dizem aos fieis e menos
ainda ao assistente ocasional."
A propósito, recordo o soporífico sermão,
proferido por pastor, prática que assisti na adolescência. Creio que os
crentes, após o terem escutado, ficaram em jejum, com pouca vontade de voltarem
a ouvi-lo.
Ouvi, igualmente, a homilia de bispo, residente
em Luanda, que me cativou – era simples, proferida como estivesse a conversar á
mesa de Café, com amigos.
Os fiéis saíram encantados, e com vontade de
voltarem a ouvi-lo.
Em suma: a prática deve ser proferida com o coração,
vivendo o que se diz; em estilo simples, para que as palavras entrem,
rapidamente, no coração dos crentes e descrentes.
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