Domingo, 20 de novembro de 2022 - 11h18
Ao
ler o comentário de leitora do: " Luso-brasileiro", referente ao
perigo de expressar opinião em público, recordei-me de história, que li,
contada por nosso clássico, cujo nome se varreu.
Vou
tentar contá-la, por palavras minhas, ainda reconheça, que o texto, perderá
muito da beleza e graciosidade do original, para não falar da vernaculidade.
Penso
que é do nosso Padre Manuel Bernardes ou de D. Manuel de Melo, mas infelizmente
confiei na memória e não no bloquinho de apontamentos – a minha memória de
papel.
No
tempo de El-Rei de Espanha, cujo nome não sei, nem interessa, foi necessário
transladar o Tesouro Real, para outra cidade.
Como
naquela época era perigoso viajar, carregou-se o Tesouro em possantes éguas,
acompanhadas de bem armados janizaros.
Inesperadamente,
salteou-lhes pelo caminho, perigosos salteadores, desejosos de assenhorearem-se
de tamanha riqueza.
Os
guardas, enquanto desbaratavam a aguerrida quadrilha, gritaram a bom gritar,
para as quadrúpedes, dizendo:
-
Fujam!... Corram!... Que querem roubar o Tesouro do Rei!...
Mas,
estas continuaram a passos entorpecidos, conversando umas com as outras:
-
E a nós que importa! Seja o Tesouro do Rei ou dos larápios, andamos sempre de
albarda...
A
pericópia mostra-nos que em Monarquia ou República, em Ditadura ou Democracia,
o povo, andou, anda e andará, sempre de canga.
O
mais triste é que muitos, levados por astuciosos demagogos, pensam erradamente,
que a revolução ou mudança de regime, é varinha mágica de fada benfazeja, que
transforma a sociedade.
Em
" Olhai os Lírios do Campo", pela boca do Dr. Eugénio, Erico
Veríssimo diz: " Não é com revoluções que se consegue esses milagres. Uma
revolução pode mudar um sistema de governo, mas não conseguirá melhorar a
natureza do homem."
Termino
com a sábia definição do célebre Millôr Fernandes:
"
Democracia é quando eu mando em você; ditadura é quando você manda em
mim."
Em
poucas palavras explicou o que é a liberdade.
Devo
acrescentar, em abono da verdade, que ainda há políticos honestos, que
abandonam o poder de mãos limpas, tão pobres como entraram. Mas são tão raros!....
Pelo menos penso que sim. Queira Deus que esteja enganado.
Fala-se de paciência como se fosse um adorno moral, uma virtude de vitrine. Mas, no íntimo da vida real, ela é mais do que palavra repetida em sermõ
Conhecem os políticos as dificuldades do povo?
Durante o tempo que fui redator de publicação local, e realizei várias entrevistas a figuras notáveis.Certa ocasião, entrevistei conhecida deputada.
Crônica do futuro nuclear brasileiro
"A nova era nuclear: uma etnografia da retomada do programa nuclear brasileiro — ou uma crônica do futuro". Este sugestivo título da tese de doutora
"Isso é em Portugal e na Europa!..."
Estando na companhia amiga de meu cunhado, a almoçar suculenta feijoada brasileira, onde não faltava boa farofa, couve guisada e abundante carne, tu