Segunda-feira, 7 de setembro de 2020 - 19h07
Porto Velho teve a sua
primeira experiência com telefone antes da criação do município, durante a
construção da EFMM, nos primórdios do século 20. É bom que se saiba que o
telefone é invenção de 1876 e chegou ao Brasil mais rápido do que em outros
países do mundo, devido a curiosidade de D. Pedro II, que estava na feira de
ciência americana, que apresentou o invento pela primeira vez como sendo fruto
da capacidade de Alexander Graham Bell — depois dele foram somados outros inventores que
trabalharam com a criação de um aparelho eletroacústico, na mesma época.
Barbaridade
Tchê, esse trem fala! Oxente, será verdade? Essa foi uma invenção pai d’égua,
mas muita coisa ainda lhe seria acrescentada por conta da imaginação humana,
que, ao se somar à vontade, conseguiu maravilhosos efeitos mágicos, inimagináveis
ao séquito de Dom Pedrito, naquele não tão distante século 19. Lá no Brás a
gente brincava de telefone com duas latinhas e um cordão a uni-las, palavra de
Arnesto, um piá ouvia o que o outro falava, a dez metros de distância. Verdade,
Pantaleão!
Entre o telefone comum e o móvel, se passaram cerca de
cinquenta anos, até chegarmos ao celular tijolão, inventado pelo laboratório
Bell, em 1947. Daí pra frente ouve uma verdadeira corrida cartesiana e
imaginativa entre americanos, japoneses, coreanos e, há pouco tempo, os
chineses e a sua maravilhosa capacidade de copiar patentes, melhorando ou
piorando tudo que estava/está sendo inventado nessa e em outras áreas
tecnológicas.
Xi-xi
né fácil, bobeou copiou: − tá pensando o quê? Qui nóis ia entregar o papel, a
seda, a pipa e a pólvora, de graça, pro Ocidente? Aprendemos a lição TCC,
“copiou/colou”. Hihihi, emoji com cara de chinês sorrindo.
O ser
humano já foi dependente de drogas, manias e invenções: ópio, cigarro, veículos
motorizados, aviação, etc. A partir do século 19, parece que o homem retirou do
seu próprio cérebro, a penúltima capa da magia, desnudando a razão, a
imaginação e a vontade, abrindo o horizonte ao inimaginável.
Falta
a última capa, aquela que descobrirá todos os segredos da inteligência
artificial: o homem será, enfim, comparado a Deus, cumprindo a última “profecia”
de René Descartes, estabelecendo o fim da mortalidade e o primado da matéria. É
da lei da evolução, que desde o início aponta a imortalidade como meta, a
consequente independência do meio ambiente. Pena que já não estarei aqui.
Não
está sendo surpresa a dependência do celular, para resolver os problemas da
comunicação, entre os povos, os países, os namorados; no dia-a-dia das famílias,
do trabalho, da picaretagem, et cetera e tal. Aliás fica difícil imaginar como
as pessoas se comunicavam antes do celular. Como não se apaixonar por um
aparelho que é telefone, tradutor, máquina de datilografia, de fotografia e de
filmar, manda mensagens, grava áudios, é e-book, sala de cinema, de Tv, de aula;
que lhe leva ao estádio de futebol e aos ginásios esportivos, toca música e obedece
a um sem número de aplicativos, onde e quando quiser? O bicho é tão bom que estraga. Emoji com
cara de surpresa e satisfação!?!
A cada
dia que passa um aparelho celular novo é lançado, superando o anterior em
tecnologia, recursos e design. Estou esperando o celular que se comunicará pelo
pensamento, independente da fala e dos fones de ouvido. É o celular mudo, com
tela côncava e convexa, com comunicação intercerebral, ideal para brigas de
casais, delação premiada, sermão pra um, conversas íntimas sem registros, etc.
etc. Já chegou ao Nortewood. Emoji com cara de mentiroso!
Se você ainda não se
rendeu ao uso dos dispositivos móveis, pode se preparar para entrar na corrida
da tecnologia, no mundo do status tecnológico das redes sociais, onde o mais
moderno se torna básico e obsoleto em poucos meses e o simples e básico nunca
será o bastante, pois a mídia, enquanto veículo das empresas concorrentes, não
se cansará enquanto não interferir no seu bolso e na sua vaidade. No início, o
celular era o brinquedinho do adulto, hoje é o mascote, o talismã, o fetiche de
todas as gerações:
Emojis com cara de crianças, adultos e
velhos, todos sorrindo, satisfeitos.
Olha o carro, quer morrer, fio duma
égua?
Me olhe nos olhos, com quem você pensa
que está falando?
Filho, a mamãe te ama, mas não pode
comprar esse celular, pede pro papai.
Amor, dá pra desligar o celular
broxante? Ocê tá mais fria do que a tela.
Se quiser morrer não esqueça de
desbloquear o celular…
Vamos iniciar a conferência, favor
desligarem o celular, saíram todos!
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