Domingo, 18 de outubro de 2020 - 10h40
Certamente o
leitor, já reparou, que em todas as épocas, surgem génios, figuras prodigiosas
que descendem de homens notáveis.
A ciência
imputa, esse fenómeno, em parte, à hereditariedade; mas será? Será a causadora
do aparecimento de super dotados?
Há duvidas.
Certo é, que Aristóteles era filho de médico; que Beethoven, descendia de
notáveis músicos; que Mozart era filho do maestro da capela do Príncipe
Arcebispo de Salsburgo; Bacon, descendias de Nicholas, ilustre Lord Chanceler
da Rainha Elizabeth I, e de Ana Cooke, mulher cultíssima, que dominava o latim
e o grego; e inumeráveis exemplos, poderia citar, em abono da hereditariedade.
Mas, a
inteligência desses ilustres, foi por serem descendentes de famílias célebres,
ou porque nasceram e criaram-se num meio cultural elevado?
Platão, in: “O
Banquete”, assegura: que Sócrates, considerava que a sabedoria não se adquire
por contágio:
“ Seria
bom (…) que a sabedoria fosse uma coisa que se pudesse transmitir, de um homem,
que a possui, a um homem, que não a possuiu, mediante simples contacto”.
Por certo, o
saber, não é transmitido de pai ou mãe, a filho; nem a hereditariedade garante
essa transmissão; mas também é certo, que o convívio diário, com grandes homens
ou mulheres, favorece o desenvolvimento da inteligência, e a “descoberta” de
talentos natos, que dificilmente desabrochariam, sem esse contacto.
Filho ou neto
de músico tem mais probabilidade de se tornar num notável músico, de que outro,
que nunca conviveu com músicos.
O mesmo
acontece com escritores, filhos e netos, de conhecidos prosadores.
Aprende-se
imenso por “osmose” – mesmo que não se seja ensinado – (normalmente é, ) com o convívio
É o caso da
família Strauss, na música; e em Portugal, a influencia de Sofia Melo Breyner,
no filho; e no Brasil, de Erico Veríssimo; estou certo que foi determinantes
para desenvolverem, nos descendentes, o gosto literário
Não admira,
portanto, que muitos dos atuais políticos, pertençam a famílias de conhecidos
políticos, como se verifica, em Portugal, e no Brasil.
Não pretendo,
com esta crónica escrita ao corrente calame, afirmar: que a hereditariedade,
não tem importante papel, no aparecimento de génios.
Nem pretendo
contradizer que o anexim, muito popular:
“Filho de
peixe sabe nadar.”
Todavia, estou
certo, que também, o convívio, favorece essa “transmissão”; e de que maneira…
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