Sábado, 14 de novembro de 2020 - 15h20
Em tempos de quarentena e pandemia, a expectativa de perdermos a vida ao
lidarmos com um vírus invisível é deverasmente incomodativo, angustiante. Mesmo sabendo que ele existe materialmente,
não temos o privilégio de carregar, a tiracolo, um microscópio de alta
precisão, aí nos movemos à deriva do nosso olhar, sem sabermos de que lado vem
o ataque − e tome-lhe álcool em gel, distanciamento
de nossos entes queridos e máscara de super-herói −, para afastar o bandido
cabeça de mamona. Cuidado, ele pode estar onde menos se espera, até no
raio que o parta ou na puta que o pariu.
A angústia da expectativa muda o humor, provoca discussões virtuais e
nos põe à beira de um abismo depressivo. Mal nos recuperamos de um ataque
virótico invisível/silencioso e já nos deparamos com o dilema da escolha
ruidosa, baseada na aparência, na utilização das mídias sociais, na quantidade
de “formiguinhas” e de bandeiras tremuladas nos semáforos da cidade, pontuadas
por slogans, entremeados ao número do candidato. O nome dele eu não sei,
sei que é um zero à esquerda.
Em tempos de eleição a ansiedade da escolha também aterroriza e angustia,
aqui não se trata de um inimigo invisível, mas da possibilidade de escolha de
um possível amigo da cidade, entre mais de dez postulantes ao cargo de prefeito,
e de um vereador que fiscalizará as ações do alcaide. A angústia do dilema na
hora em que você se vê a sós, diante da maquininha, na cabine de votação, é
terrível: me prometeu, me disse que não vou perder meu voto, me deu…,
disse que vai fazer, mas a cara dele não inspira confiança. Voto no
alternativo.
São tantos partidos, tantas esquerdas e tantas direitas, são tantas
propostas, tantas faces se oferecendo ao olhar do eleitor, tantas mãos
entreabertas para que não lhes possamos ver as linhas do destino, tantos
discursos demagógicos, tanta ingenuidade, assimilando as promessas e prometendo
o voto, como possíveis vítimas do populismo, manjado mas ainda eficiente cabo
eleitoral. Se eleito vou mandar asfaltar o Rio Madeira, assim acabarei
com as enchentes.
Mas vocês podem argumentar, de quatro em quatro anos é sempre a mesma
coisa, o voto faz parte da loteria de expectativa de atuação de um prefeito. A
angústia da eleição da hipocrisia envolve sintomas físicos e psicológicos, é
estressante, controle-se para não agredir os mesários, não chutar a mesa onde
está a urna eletrônica, não riscar os nomes dos candidatos, expostos na cabine.
Contenha-se, respire fundo, vote no candidato que lhe convenceu que será um bom
gestor público e no que demonstra que será um vereador atuante. Fuja da
angústia!!!, faça do voto um exercício de descarrego e tome um banho de babosa,
quando chegar em casa. É o FIM do começo.
É loteria, ninguém traz na testa um visor, enumerando, em caso de
vitória nas urnas, boas ações públicas verdadeiras. E se o candidato for
político de carreira, dificulta, porque conhece a teoria da camuflagem verbal.
Ainda assim não deixe de votar, acredite: existem candidatos preocupados com a
saúde, a segurança e a educação da população, também com o embelezamento da
cidade, que escolheram pra governar. Vote! Você pode acertar!
Fala-se de paciência como se fosse um adorno moral, uma virtude de vitrine. Mas, no íntimo da vida real, ela é mais do que palavra repetida em sermõ
Conhecem os políticos as dificuldades do povo?
Durante o tempo que fui redator de publicação local, e realizei várias entrevistas a figuras notáveis.Certa ocasião, entrevistei conhecida deputada.
Crônica do futuro nuclear brasileiro
"A nova era nuclear: uma etnografia da retomada do programa nuclear brasileiro — ou uma crônica do futuro". Este sugestivo título da tese de doutora
"Isso é em Portugal e na Europa!..."
Estando na companhia amiga de meu cunhado, a almoçar suculenta feijoada brasileira, onde não faltava boa farofa, couve guisada e abundante carne, tu