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A velha fábrica de corrupção voltou a operar


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

Há vários anos desativada, a velha fábrica de corrupção voltou a operar em Rondônia. Especializada na preparação de licitações e contratos fraudulentos com foco em eventos culturais, a empresa, uma vez remodelada, tinha tudo para bater recordes de vendas. Prova disso é que, logo nos primeiros meses de atividade, a fábrica faturou quase R$ 10 milhões. Tanta grana assim acabou despertando a curiosidade do Ministério Público do Estado de Rondônia, que resolveu mergulhar de cabeça no pântano. E o que o MPERO descobriu deixou muita gente com um elefante atrás da orelha, evidenciando, mais uma vez, que a instituição não tem o péssimo hábito de brincar com coisas sérias. 

É deprimente vê nos jornais e sites de notícias autoridades e subordinados seus refestelando-se com dinheiro público, enquanto a população, principalmente de Porto Velho, reclama, todos os dias, por melhorias na saúde, educação, segurança pública, no precário abastecimento de água potável, como se o patrimônio público fosse um repasto à satisfação de interesses pessoais ou de grupos, abroquelados na impunidade.

No livro de Lucas 17:1, vemos o próprio Jesus ensinando que é necessário que o escândalo venha à tona. Isso porque não há nada praticado às escuras que não seja revelado pela luz. E como ocorre a revelação do escândalo? De três maneiras: ou pelo próprio agente do crime, ou pelo noticiário, ou, então, pela atuação proficiente dos órgãos de fiscalização, como Ministério Público e Tribunal de Contas, guardiões da sociedade contra a corrupção e a má gestão de recursos públicos. A dúvida é saber se, algum dia, a velha fábrica deixou de funcionar.

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