Sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014 - 12h40

Quase que totalmente isolada do restante do estado e vivendo momentos de angústia e medo há mais de uma semana, em função do fechamento de alguns trechos das rodovias federais 425 e 364, para tráfego de caminhões de cargas, ônibus e carro de passeio, medida adotada em função das alagações provocadas pelas cheias dos Rios Mamoré, Araras e Madeira, Guajará-Mirim recebeu, nesta última quinta-feira, 20, dois caminhões-tanque, que abasteceram os postos de gasolina da Pérola do Mamoré.
A notícia da chegada de combustível se espalhou por toda cidade, em fração de segundo, causando uma correria de motoristas e motociclistas aos postos de gasolina, onde foram formadas longas filas, debaixo de impiedoso sol.
Para abastecer os municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, a partir de ramais rurais alternativos, motoristas enfrentam verdadeiras aventuras em estradas de chão, sem as mínimas condições para trafegabilidade, correndo risco de graves acidentes, extravios das mercadorias e a perda da própria vida.
Uirassu José S. de Assis, motorista do caminhão-tanque placa NCC 4403, veículo no qual transportou 7 mil litros de gasolina para suprir o município de Guajará-Mirim, que saiu de Porto Velho, segunda-feira, 17, às 16 horas, chegando em terras perolenses dia 20, por volta das 13 horas, fez impressionantes relatos sobre situações perigosas vividas no trecho percorrido entre o Distrito de União Bandeirantes e a cidade de Nova Mamoré.
Segundo Uirassu, foram vários os momentos de perigos enfrentados, em razão das péssimas condições dos ramais utilizados como rotas alternativas para se chegar aos municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim, ou por conta de violentos protestos de moradores assentados nos ramais rurais utilizados.
No meio do caminho, encontraram com vários caminhões de transporte de cargas, carros de passageiros e taxistas atolados, quebrados ou mesmo, em alguns caos, tombados.
Nos trechos dos 9º e 8º ramais, Uirassu José S. de Assis relatou que ele, e outros condutores, foram ameaçados por moradores locais, que portavam armas de fogo, do tipo espingardas e revolveres, impedindo a todos de continuarem viagem e exigindo a presença de autoridades para discutirem a situação das estradas e dos moradores.
Há casos onde os moradores danificaram pontes e pontilhões, serrando ou ateando fogo em parte destas estruturas, de modo a impossibilitar a passagem de veículos de cargas e passageiros.
Hoje, fazer uma viagem com destino aos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, é viver uma perigosa aventura, digna de roteiro de filme de ação ao estilo ‘hollywoodiano’. Bem antes mesmo das enchentes dos rios Mamoré, Araras e Madeira, enfrentar a BR 425 já era um verdadeiro rally de aventuras, pondo em risco a vida de qualquer um que ousasse trafegar nesta via federal.
Às populações, autoridades e empresários dos municípios do Vale do Mamoré restam, tal qual Vênus que ressurge das cinzas, a partir do caos hoje vivido - aproveitando que é ano de eleições - promover uma ampla discussão, envolvendo representantes dos governos federal, estadual e dos dois municípios, para se sanar, de uma vez por todas, problemas estruturais crônicos, que vem corroendo as economias da Guajará e Nova Mamoré, ao longo das décadas, governos após governos.
Fonte: Ariel Argobe
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