Quinta-feira, 17 de janeiro de 2008 - 19h41
Diretora do Hospital de Pediatria Maria Cravo Gama, em Recife, a médica Ana Amélia Araújo e equipe conquistaram o reconhecimento nacional pelo excelente trabalho desenvolvido no atendimento às crianças e à mãe acompanhante e ao aleitamento materno ao receberem, no mês passado, o 2º Premio Nacional Professor Fernando Figueira, concedido pelo Ministério da Saúde.
“Este prêmio é fruto de uma conquista coletiva que vem sendo feita desde 2001 por toda a equipe da unidade hospitalar. Temos uma estrutura pequena, porém ousada na capacidade assistencial e organizacional, tendo em vista a grande demanda de usuários”, declarou emocionada a médica Ana Amélia, natural de Guajará-Mirim(RO), e que firma carreira na assistência à saúde materna e infantil.
A entrega do prêmio ocorreu no Grand Hotel Bittar, em Brasília, e contou com a participação de representante do mandato da senadora Fátima Cleide, assessor José Fernandes Barros. Segundo ele, o prêmio é um reconhecimento aos estabelecimentos hospitalares integrantes do SUS que se destacaram em ações inovadoras de humanização do atendimento à criança e incentivo ao aleitamento materno.
Localizado na Rua do Rosário, s/n, em Afogados, o Cravo Gama atende por mês a uma média de 6.000 crianças e adolescentes, provenientes, sobretudo, da Zona Sudoeste do Recife. Cerca de 70% desse contingente são menores de cinco anos de idade. As doenças respiratórias e intestinais constituem nos principais motivos de consulta. Além dos atendimentos de urgência, a unidade realiza internações, sendo a maioria de crianças com menos de cinco anos. Na área de promoção à saúde, o Cravo Gama oferece vacinação aos pacientes internados e às crianças atendidas na emergência. Desenvolve ainda o Projeto Fazer Crescer, que acompanha crianças menores de seis meses de forma individualizada durante o internamento, visando à redução da mortalidade infantil.
Segundo a diretora Ana Amélia Araújo, a indicação ao premio, constituído de um certificado, um troféu e uma placa comemorativa aos vencedores, seguiu os critérios exigidos pelo Ministério da Saúde. Entre eles, fazer parte do Sistema Único de Saúde, ter 80% dos leitos pertencentes ao SUS, permitir a presença do acompanhante durante o internamento da criança e ter constituída e funcionando a comissão de análise de óbitos infantis.
O hospital de Recife concorreu, na categoria Nordeste, com instituições da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, todas visitadas por comissão do Ministério da Saúde para avaliação. As outras unidades premiadas são: Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria (Bragança/PA); Hospital Santa Helena (Cuiabá/ MT); Hospital Guilherme Álvaro (Santos / SP) e Fundação Hospitalar Rio Negrinho (Rio Negrinho / SC).
A premiação foi feita durante a VII Reunião da Comissão Nacional de Monitoramento e Avaliação do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal e a Plenária da Rede Norte e Nordeste de Perinatologia. Durante o evento, foi divulgado um balanço da implementação do pacto em todo o país, como a qualificação de profissionais, realização de seminários estaduais, ampliação da Rede Nacional de Bancos de Leite Humano, ampliação da Política Nacional de Planejamento Familiar, entre outros.
O Prêmio Fernando Figueira visa incentivar mudanças institucionais que garantem a humanização da assistência e a cidadania das crianças e de seus familiares, somando a outras iniciativas do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal.
Professor Fernando Figueira
Em 1960, o médico e professor da Universidade Federal de Pernambuco Fernando Figueira criou o Instituto de Medicina Infantil de Pernambuco (Imip), hoje conhecido como uma das maiores instituições do Brasil na área da assistência materno-infantil. O Imip foi instituição pioneira, ao garantir, na década de 70, a presença obrigatória das mães no acompanhamento hospitalar de seus filhos. Mesmo antes dessa iniciativa, o instituto permitia visitas diárias dos familiares, inclusive com horário livre para aqueles que residiam foram do Recife. Fernando Figueira também proibiu, durante a sua gestão como secretário de Saúde de Pernambuco, nos anos 70, a distribuição do leite em pó pelas indústrias alimentícias nas maternidades públicas, atitude adotada posteriormente pelos demais estados na União.
Na década de 80, o médico instalou, ainda no Imip, o primeiro Banco de Leite Humano no Norte e Nordeste do país e criou o Centro de Incentivo ao Aleitamento Materno. As iniciativas de incentivo ao aleitamento materno e às práticas humanizadoras instituídas pelo professor Fernando Figueira levaram o Imip, na década de 90, a ser o primeiro hospital no Brasil a receber o título de Hospital Amigo da Criança, conferido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Ministério da Saúde.
Fonte: Mara Paraguassu
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