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CACOAL: HC realiza 1ª cirurgia de lábio leporino em RO


 
O Hospital Regional de Cacoal (HRC) é a primeira unidade hospitalar do estado de Rondônia a realizar cirurgia de lábio leporino. Em agosto, o HRC realizou duas cirurgias de queiloplastia em pacientes de Cacoal. O HRC realiza uma média de 310 cirurgias por mês, entre mais de 10 especialidades.

“Eu fiquei muito feliz, porque, graças a Deus, ele logo vai poder falar, vai poder comer de tudo e vai ficar como todas as crianças”, disse, Claudinéia Ferrari, avó do pequeno Luan Henrique, de dois anos, um dos primeiros pacientes a passar pela cirurgia. “Ele logo vai voltar às aulas e começa a estudar. As outras crianças não vão ficar tirando ‘sarro’. A mãe dele ficou muito feliz, todo mundo ficou.”

Emocionada, a mãe de Henrique, Jéssica Roberta, agradeceu pela benção recebida, conforme ela. “A gente só tem que agradecer a Deus, primeiramente, depois ao hospital, os médicos, a equipe toda, pois o atendimento foi ótimo. Hoje, graças a Deus, ele está aqui bem, se recuperando.”

O outro paciente, que também passou pelo procedimento cirúrgico, Thiellison Gabriel, de um ano, que tinha dificuldade para falar e comer. Mas agora, a realidade é outra. “Muita coisa mudou desde que ele foi operado. Agora, a gente entende mais o que ele fala. Antes, ele falava, mas a gente não entendia bem. Para ele comer está sendo melhor também”, conta a mãe de Thiellison, Daiane de Souza.

Daiane diz ainda que, para ajudar o filho, tentou a cirurgia em São Paulo, porém, os custos sairiam caros. “Para nós foi muito bom conseguir a cirurgia aqui mesmo em Cacoal. Eu já estive com ele em São Paulo, era um gasto muito alto. Eu teria que deixar minha filha com outras pessoas, tinha que pegar dinheiro emprestado. Essa cirurgia para nós foi um grande alívio. Ele ainda vai fazer o preenchimento da gengiva, agora sei que meu filho vai poder crescer e ter uma vida normal”.

EQUIPE

A equipe que realizou as cirurgias foi composta pelo Professor Doutor Luiz Carlos Manganello de Souza, que é médico cirurgião plástico e dentista bucomaxilofacial, presidente da Associação Brasileira de Fissurados Labio-Palatais e foi Coordenador do Serviço de Bucomaxilofacial do Hospital das Clínicas da USP (hoje aposentado), que atua no Hospital Sírio Libanês em São Paulo, além de 4 dentistas bucomaxilofacial do HRC, o Dr. José Abel Porto de Almeida, da UNIC e HGU, de Cuiabá, bem como médicos pediatras e anestesistas do HRC.

LÁBIO-PALATINA

A Fissura lábio-palatina é uma patologia que afeta a boca e estruturas anexas e representam as anomalias congênitas mais comuns da face. Em 70% dos indivíduos as fissuras ocorrem de forma não sindrômica (não associadas a nenhum tipo de síndrome).

TRATAMENTO

O tratamento deve ser feito por equipe multiprofissional composta por médicos, dentistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos e, se necessário, outros especialistas. Em geral, o tratamento inicia-se com as cirurgias plásticas de queiloplastia, (cirurgia realizada nas duas crianças) para fechamento das fissuras labiais e continuam com outras cirurgias e procedimentos até a idade adulta.

O diretor geral do HRC, Marco Aurélio Vasques, relata que o Ministério da Saúde exige que o hospital realize cinco tratamentos dessa especialidade para poder autorizar a habilitação do Núcleo de Fissurados do HRC. Vasques explica que “foram iniciados o tratamento desses dois pacientes e, somente agora, abriremos o ambulatório para receber mais 3 pacientes, para atender essa exigência do Ministério da Saúde”. E relata ainda que a importância de realizar essas cirurgias no HRC é poder dar atendimento digno a esses pacientes, que dependem do Estado, de ajuda financeira e precisam deslocar-se de forma rotineira para outros estados em busca de atendimento.

RECONHECIMENTO

O governador Confúcio Moura parabenizou o diretor Vasques e toda a equipe médica por mais essa conquista na unidade, e ressaltou que, de agora em diante, essas cirurgias serão rotineiras no HRC. “Não queremos que nossos pacientes se desloquem para outros estados em busca de tratamento. Quando eles são atendidos aqui, além de gerar mais comodidade para o paciente e a família, geramos economia para os cofres públicos”.

Segundo Williames Pimentel, secretário de Estado da Saúde, uma coisa que deve ser destacada é que, em dois anos e meio, “conseguimos mudar uma realidade da assistência a saúde da população, pois hoje atendemos pacientes com trauma crânio encefálico, internamos pacientes em UTI, realizamos tomografias, enfim, são cerca de 3.200 pacientes atendidos por mês, mais de 500 internações, sendo que esses pacientes estavam desassistidos, correndo o risco de conseguir chegar a Porto Velho para ser salvos”.

INVESTIMENTOS

Outra questão de relevância é que foram gastos na última arrancada da construção do HRC cerca de R$ 35 milhões, entre 2009 e 2010, mas efetivamente o hospital só passou a funcionar a partir da ação do governador Confúcio Moura, que investe cerca de R$ 72 milhões por ano em custeio (salários, despesas gerais, medicamentos, etc). “Para fazer este trabalho se tornar realidade foram investidos, nessa gestão, 500% do valor da construção para fazer o hospital funcionar. Devemos lembrar que estamos dando passos dentro de um processo planejado para chegar a um hospital de alta complexidade, cujo processo será completado somente dentro de mais 5 anos” .

Fonte: Ulisses Maforte e Marco Aurélio
 

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