Domingo, 24 de agosto de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Municípios

AMORIM: desocupação só após indenizações previstas no orçamento



Na busca de assegurar direitos como indenizações e destinação de novas áreas aos ocupantes de terras transformadas em unidades de conservação, o deputado federal Ernandes Amorim (PTB), protocolou hoje (3), na Câmara, um projeto de lei que visa alterar a dinâmica reinante, segundo a qual os decretos de criação são publicados e os órgãos federais iniciam a retirada dos moradores.

Pelo projeto, nas unidades de conservação de posse e domínio públicos, o ato de criação só deve ser publicado quando houver previsão orçamentária para o encaminhamento do processo de desapropriação e desintrusão da área

A falta dessa previsão, de acordo com o parlamentar, tem ocasionado um grave problema social, pois mesmo quando continuam na área, os pequenos produtores rurais tornam-se vítimas de uma desapropriação indireta ao, imediatamente, serem proibidos de realizar sua atividade produtiva e perdem a possibilidade de qualquer financiamento para continuar produzindo até que o processo de desapropriação seja concluído, caso similar ao que ocorre hoje em parte da Floresta Nacional (Flona) Bom Futuro.

As mais de 3,5 mil famílias instaladas na Flona estão sendo notificadas a retirarem seu gado e devem ser retiradas também num prazo de 180 dias determinado pelo Ministério do Meio Ambiente, sem previsão de indenizações ou área equivalente para assentá-los. Uma comissão, da qual Amorim faz parte, foi criada com intuito de criar alternativas que possibilitem a permanência dos moradores que vivem e trabalham por quase duas décadas na área.

Mas a situação fundiária atual das unidades de conservação de posse e domínio públicos em todo o país é caótica, no entender de Amorim. Ele cita os parques nacionais: são 97% com área não desapropriada, de um total de 53. O parlamentar afirma que a Lei n°9.985/2000 não soluciona a questão da situação das propriedades no período entre a criação da unidade e a efetivação da desapropriação, e reforça o entendimento apenas da adequação dos empreendimentos à preservação ambiental, quando da criação da unidade de conservação.

"Diante das normas em vigor, não restam dúvidas de que devem ser compatibilizados os interesses da coletividade e do particular, de forma a não só assegurar a proteção do ambiente e o cumprimento da função social da propriedade, mas, também, a permitir a aplicabilidade dos princípios constitucionais de garantia do direito de propriedade, da segurança jurídica e do direito adquirido", justifica Amorim.
 
Fonte: Yodon Guedes

Gente de OpiniãoDomingo, 24 de agosto de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Estudo preliminar do Ecossistema de Inovação de Cacoal será entregue nesta terça

Estudo preliminar do Ecossistema de Inovação de Cacoal será entregue nesta terça

O Sebrae em Rondônia promoveu um debate a respeito do desenvolvimento da inovação e tecnologia na região de Cacoal. Trata-se do Ecossistema Local de

Cacoal dá primeiro passo para a Lei de Inovação com apoio do Sebrae em Rondônia

Cacoal dá primeiro passo para a Lei de Inovação com apoio do Sebrae em Rondônia

Na manhã do dia 21 de agosto, o município de Cacoal deu início oficial ao processo de elaboração da minuta da Lei de Inovação. A primeira etapa acon

Trecho da avenida Anysio da Rocha volta a operar em mão dupla a partir do próximo domingo (24)

Trecho da avenida Anysio da Rocha volta a operar em mão dupla a partir do próximo domingo (24)

Como medida de planejamento do trânsito na região do bairro Rio Madeira, a Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Segurança, T

Avenida Guaporé recebe obra histórica da Prefeitura de Porto Velho

Avenida Guaporé recebe obra histórica da Prefeitura de Porto Velho

A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Empresa de Desenvolvimento Urbano (Emdur), concluiu uma obra histórica de iluminação pública ao longo de do

Gente de Opinião Domingo, 24 de agosto de 2025 | Porto Velho (RO)