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Queda na indústria aumenta temores com desemprego na China



O ritmo de crescimento da produção industrial da China está caindo acentuadamente, em mais um sinal de que a economia do país está sendo afetada pela crise mundial.
A produção em novembro cresceu apenas 5,4% em relação ao mesmo período do ano passado, anunciou a imprensa estatal nesta segunda-feira.

Esse é o nível de crescimento mais baixo registrado em quase uma década e alimenta previsões pessimistas de que a economia do país poderá crescer menos de 8% no ano que vem, progresso necessário para manter o nível de desemprego no país sob controle.

Neste fim de semana o presidente da China, Hu Jintao, admitiu que a situação é delicada e afirmou que o "mercado de trabalho em 2009 será impiedoso".

"Eu espero que todas as organizações empregadoras façam o melhor para ajudar aqueles que estão procurando empregos e façam contribuições para promover harmonia social e estabilidade", disse o presidente à imprensa estatal em visita à província de Liaoning.

Novembro já é o quinto mês consecutivo em que a produção desacelera.

O aumento de 5,4% é contrastante com a expansão de 8,2% observada em outubro e ainda mais distinta do crescimento de 17,8% registrado ainda em março de 2008.

Segundo o Departamento Nacional de Estatísticas, entre janeiro e novembro deste ano a produção industrial cresceu na média 13,7% em relação aos onze primeiros meses do ano passado.

Não imune

A economia da China vem dando sinais de que não passará imune à crise mundial.

O país registrou quedas nas exportações, aumento de desemprego e agora enfrenta temores de deflação.

Na semana passada o governo anunciou que as vendas ao exterior em novembro caíram 2,2% em relação ao mesmo mês de 2007, essa foi a primeira queda desde 2001 e alarmou o governo.

Há poucas semanas o nível de desemprego do país superou 4% da população economicamente ativa, um nível considerado "crítico" pelo ministro de Recursos Humanos e Estabilidade Social, Yin Weimin.

O número absoluto de desempregados é provavelmente maior, pois trabalhadores imigrantes não foram computados na estatística, embora representem mais de 200 milhões na força produtiva do país.

O governo estima que o índice de desemprego fechará o ano em 4,5%. Em 2007, o índice foi de 4%.

O Partido Comunista teme que a economia cresça menos de 8% no ano que vem, o que seria insuficiente para manter o nível de desemprego em termos considerados "aceitáveis".

As lideranças temem instabilidade política e revolta social se uma parcela maior da população ficar desocupada.

Recentemente uma série de protestos em diversas partes do país organizadas por trabalhadores demitidos ilustrou esses temores.

Incerteza

Apesar de se intitular comunista, a China não oferece um sistema de seguro desemprego para a grande massa de trabalhadores braçais.

Isso faz com que muitos operários demitidos não tenham a quem recorrer se não à própria família quando perdem o emprego.

Por causa dessa situação de incerteza, o nível de poupança per capita do país é um dos mais altos do mundo.

Entre as medidas adotadas pelo governo para incentivar a economia está a criação de subsídios para encorajar os consumidores chineses a gastar mais, mas não há por enquanto sinal de que eles se desfarão de suas poupanças em meio a um cenário de instabilidade.

Sem consumo, os preços das mercadorias no país estão caindo e há temores de deflação.

Em novembro, o índice de preços ao consumidor marcou alta de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Este foi o menor aumento desde janeiro de 2007, quando o índice subiu 2,2%.

Fonte: BBC Brasil

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