Terça-feira, 4 de setembro de 2012 - 11h33
Carolina Gonçalves
Agência Brasil
Brasília – O mundo pode viver uma crise alimentar global, como as de 2007 e 2008, caso os governos não adotem medidas urgentes para reverter a alta dos preços. O alerta foi publicado hoje (4) por três agências da Organização das Nações Unidas (ONU), com sede em Roma.
A crise é motivada pela quebra de safra das principais regiões produtoras do mundo, o que tem pressionado os preços no mercado mundial. “Somos vulneráveis porque, mesmo em um bom ano, a produção mundial de cereais é apenas o suficiente para atender a crescente demanda por alimentos, ração e combustível. Em um mundo onde há 80 milhões a mais de bocas para alimentar a cada ano, nós estamos em perigo, já que apenas um punhado de países são grandes produtores de alimentos básicos”, destacou o comunicado conjunto assinado por representantes da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida) e do Programa Alimentar Mundial (PAM).
Os produtores de milho, trigo e soja de várias regiões do mundo têm registrado prejuízos históricos em função da forte seca. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde o cultivo de milho já apresentou saldos decrescentes no ano passado, os agricultores estimam perdas em torno de 20% a 30% com a estiagem deste ano. Os prejuízos podem ultrapassar a marca das 130 milhões de toneladas, se somadas as lavouras de soja e milho.
As lideranças das três agências da ONU defendem uma ação internacional conjunta para reverter o cenário. “Há duas questões interligadas que devem ser abordadas: a questão imediata dos altos preços de alguns alimentos, que podem afetar significativamente os países dependentes da importação de alimentos e as pessoas mais pobres, e o problema a longo prazo de como produzir, comercializar e consumir alimentos em um momento de crescimento da população, da demanda e de mudanças climáticas.”
Os dirigentes da FAO, Fida e PAM destacaram que o impacto da alta dos alimentos recai de formas diversas sobre diferentes economias e apontaram estratégias de solução, como o maior investimento no segmento de pequenos produtores de alimentos para que possam aumentar a produtividade, acesso aos mercados e reduzir a exposição ao risco.
“Adotamos uma abordagem de duas vias que apoia investimentos de longo prazo na agricultura, principalmente dos pequenos produtores, assegurando que as redes de segurança [alimentar] estão no local para ajudar os consumidores e produtores de alimentos pobres e evitar a fome, perda de bens e a armadilha da pobreza no curto prazo”, destacam.
Apesar da referência à crise de 2007, quando os níveis de produção e estoque baixaram drasticamente levando vários países a restringirem o consumo e adotarem políticas de subsídio e estímulo à exportação para solucionar o problema, os organismos das Nações Unidas reconhecem que o mundo está mais preparado do que há cinco anos.
A instituição do Grupo de Trabalho sobre Segurança Alimentar Alto Nível Mundial e de Informação de Mercado Agrícola Sistema G20 (Amis, na sigla em inglês), foram apontados como exemplos desse avanço.
Apesar do tom de alerta, as agências da ONU acrescentaram que, neste cenário, “as coisas que devem ser evitadas são tão importantes quanto aquelas que devem ser adotadas”. O comunicado ressalta que os países devem evitar compras motivadas pelo pânico e se abster de impor restrições à exportação que, embora temporariamente ajude alguns consumidores no mercado interno, são geralmente ineficazes.
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