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Obama diz que nações amigas podem confiar no trabalho de vigilância norte-americano


Marcelo Brandão
Agência Brasil

Brasília - Em seu anúncio de hoje (17) sobre as alterações nos serviços de espionagem dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama fez várias referências às nações amigas, reiterando que elas podem confiar no trabalho de vigilância norte-americano.

Por vários momentos em seu discurso, Obama reforçou a confiança e aproximação do seu país com aliados. Ele chegou a dizer que, caso queira saber o que os aliados pensam sobre um assunto, “pegará o telefone e ligará para eles”. O presidente norte-americano também ressaltou mais de uma vez que não monitora e-mails ou ligações de cidadãos comuns.

No entanto, mesmo enfatizando estreitas relações de confiança com líderes aliados, Obama fez questão de não se desculpar por fazer “o que serviços de inteligência de qualquer outra nação faz”. “Nós não vamos nos desculpar simplesmente porque nossos serviços podem ser mais eficazes. Mas chefes de estado e governo com quem trabalhamos, e de cuja cooperação dependemos, podem se sentir confiantes de que estamos tratando-os como verdadeiros parceiros”.

Obama esclareceu ainda que a coleta de metadados – informações sobre ligações telefônicas – não alcançavam a identidade de quem fazia a ligação ou mesmo seu conteúdo. Segundo ele, as informações coletadas eram sobre o registro dos números de telefone, hora e duração da chamada, o que, segundo ele, poderia ser consultado caso houvesse suspeitas de que determinado número estivesse ligado a organizações terroristas.

O discurso de Obama foi uma resposta às críticas recebidas após revelações de espionagem maciça fornecidas pelo ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA – sigla em inglês), Edward Snowden, aos jornais Washington Post (EUA) e The Guardian (Grã-Bretanha). As denúncias provocaram um conflito diplomático ao tornar público que os serviços secretos norte-americanos espionaram as comunicações na Europa e na América, incluindo as de líderes políticos como a chanceler alemã Angela Merkel e a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff.

As repercussões do caso geraram, inclusive, um documento da Organização das Nações Unidas (ONU) se manifestando contra a espionagem digital. Segundo o documento, que trata de ações “extraterritoriais de Estados em matéria de coleta de dados, monitoramento e interceptação de comunicações”, as pessoas devem ter garantidos, no ambiente digital, os mesmos direitos que têm fora dele. Richard Leon, um juiz federal norte-americano, também se manifestou a respeito, considerando que o programa de espionagem da NSA poderia ser considerado inconstitucional.

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