Domingo, 8 de maio de 2016 - 08h55
Opera Mundi - Em artigo publicado nesta sexta-feira (06/05), o jornal francês Libération classificou o processo de impeachment contra a presidente brasileira, Dilma Rousseff, como “negação da democracia”.
O texto, escrito pelo jornalista François-Xavier Gomes, comenta o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados, descrevendo o parlamentar como um “estrategista maquiavélico” e “carrasco de Dilma”.
“Infelizmente, o afastamento de Eduardo Cunha não significa o pontapé inicial de uma grande limpeza no sistema político brasileiro. Em primeiro lugar, o seu substituto na liderança da Câmara dos Deputados é um dos seus fieis escudeiros. Em segundo lugar, esta decisão não terá nenhum efeito sobre uma destituição [de Dilma Rousseff] que é uma negação da democracia”, escreve o jornalista.
Segundo o Libération, Cunha “ofereceu a cabeça da presidente” com o pretexto das pedaladas fiscais para preservar sua própria, “uma vez que suas manobras atrasaram o trabalho da Justiça sobre seus próprios supostos desvios de verbas. Ele teria escondido na Suíça pelo menos 5 milhões de dólares dos fundos desviados de empresa petrolífera estatal Petrobras”, lembra o jornal.
O periódico afirma que “tudo indica que o Senado irá se alinhar com o parecer dos deputados”, aprovando o processo de impeachment na próxima quarta-feira (11/05), e “a herdeira de Lula só terá de arrumar as malas e dar sua cadeira para o vice-presidente, Michel Temer, que também está sob investigações da Justiça”.
O Libération lembra que Cunha, membro do mesmo partido de Temer, o PMDB, “tem um perfil evangélico e ultraconservador” e que “de acordo com pesquisas, 90% dos brasileiros têm uma má imagem” do deputado, “uma vez que ele encarna a corrupção e o nepotismo”.
O periódico francês, porém, afirma que pessoas como ele desempenham “um papel fundamental no jogo de alianças, essenciais para a formação de qualquer governo no Brasil”. O PMDB, continua o Libération, se aliou ao PT em troca de ministérios, “atraído pela perspectiva de alcançar o poder sem passar pelas urnas”.
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