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Cultivo de coca cresce na América do Sul, indica relatório da ONU



Vladimir Platonow
Agência Brasil


Rio de Janeiro - O cultivo da coca registrou aumento nos países andinos, apesar das políticas oficiais de erradicação de plantações e incentivos a outras formas de agricultura adotadas nos últimos anos. A informação consta no relatório anual da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a produção e uso de drogas no mundo, divulgado hoje (19).

Segundo o documento, houve crescimento de 16% na área plantada em 2007, em relação ao ano anterior, nos três principais países produtores de coca: Colômbia, Bolívia e Peru. O total chegou a 181,6 mil hectares, área superior a da cidade de São Paulo. O maior aumento foi registrado na Colômbia, com expansão de 27%, enquanto Bolívia e Peru tiveram crescimento de 5%.

Em 2007, a produção mundial de cocaína aumentou 10 toneladas, chegando ao total de 994 toneladas. Só a Colômbia, diz a ONU, é responsável por 600 toneladas, seguida pelo Peru, com 290 toneladas, e a Bolívia, 104 toneladas.

A principal rota de tráfico sai da Colômbia para os Estados Unidos, passando pelo Caribe. Segundo o governo colombiano, 80% da produção é levada em lanchas rápidas, capazes de transportar até uma tonelada e meia da droga. Recentemente, lembra o relatório, até um submarino foi interceptado levando cocaína para consumidores norte-americanos.

Outra rota que tem ganhado importância é a que usa países africanos como ponto de apoio para chegar até a Europa, passando pelo Brasil. Os países sul-americanos, que antes funcionavam mais como corredores de passagem, acabaram se tornando mercados importantes. De acordo com a ONU, da produção de cocaína peruana, só 5% ficam no país, outros 40% seguem para Estados Unidos e Europa, e os restante 55% são vendidos para os vizinhos, principalmente Equador, Chile e Brasil. O governo brasileiro apreendeu, em 2007, 18,2 toneladas de cocaína.

O relatório salienta que, nos últimos anos, a maioria dos países sul-americanos registrou aumento no consumo de cocaína, como efeito-colateral de ser rota do tráfico de drogas. Um estudo feito anteriormente em seis países da região mostrou que o consumo de cocaína chegava a 1,4% da população, 0,3% maior do que a média mundial. O mais alto índice de dependência foi registrado na Argentina, com 2,7% de viciados no total da população, bem como a menor faixa etária de consumidores, com 25% com 16 anos ou menos.

O documento analisou em 150 páginas a situação do consumo e produção de drogas em todos os continentes, incluindo o uso de cocaína, maconha, heroína e remédios.

 


 

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