Sexta-feira, 27 de maio de 2016 - 06h38
A Argentina juntou provas suficientes para concluir, nesta sexta-feira (27), o histórico processo sobre a Operação Condor - a aliança dos anos 70 entre seis ditaduras sul-americanas para reprimir e eliminar opositores aos regimes militares. Foram 17 anos de investigação e mais três de audiências, para ouvir 222 testemunhas – metade das quais vive no exterior.
No banco dos réus estarão 16 argentinos e um uruguaio, acusados de terem formado uma “associação ilícita” para cometer crimes de lesa-humanidade contra 105 pessoas: 45 uruguaios, 22 chilenos, 14 argentinos, 13 paraguaios e 11 bolivianos.
O Brasil também participou da Operação Condor. Nenhum brasileiro integra a lista de vítimas desse processo - mas haverá outro, disse à Agência Brasil a advogada Luz Palmas Zaldua, do Centro de Estudos Legais e Sociais (Cels). “A morte do ex-presidente João Goulart, por exemplo, ainda está sendo investigada”.
A sentença será transmitida ao vivo às 17h (horário argentino) em Buenos Aires e nos consulados argentinos em seis cidades da América do Sul, entre elas São Paulo e Porto Alegre. Os promotores pediram sentenças de 20 anos. Nenhum dos 17 réus está em liberdade: a maioria está em prisão domiciliar por causa da idade. Para Luz Palmas Zaldua, “o julgamento é histórico” porque tem alcance regional. “É a primeira vez que julgamos um sistema criminal, armado para fazer desaparecer pessoas, em vários países”.
Entre as vítimas está Norberto Habegger - um dos três argentinos que desapareceram no Rio de Janeiro. O filho de Norberto, o cineasta Andrés Habegger, tinha 9 anos em 1978, quando o pai dele viajou do México (onde ele vivia com a mãe no exílio) ao Brasil (para uma reunião com do grupo guerrilheiro argentino Montoneros).
“Ele desembarcou no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro e desapareceu, sem deixar rastro”, conta Habegger, que nos últimos anos tem tentado reconstruir os últimos dias do pai, cujo corpo jamais foi encontrado. Ele prestou depoimento na Comissão da Verdade do Brasil e obteve mais documentos, provando a cooperação de militares brasileiros e argentinos no desaparecimento do pai.
Este ano, Andrés vai lançar o documentário El impossível Olvido (O Impossível Esquecimento). “Mais cedo ou mais tarde, o passado reaparece - e só vamos poder seguir adiante quando conseguirmos armar o quebra-cabeça, sem esquecer nenhuma peça”, disse ele.
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