Quinta-feira, 9 de agosto de 2007 - 12h11
Pedro Biondi
Agência Brasil
Brasília - O coordenador do Programa Xingu, do Instituto Sociambiental (ISA), André Villas-Bôas, discorda da previsão de que um crescimento da soja no Mato Grosso este ano aconteceria essencialmente em áreas já ocupadas, sem ameaçar, assim, o Parque Indígena do Xingu.
Em entrevista à Agência Brasil, o supervisor de Estatística Agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no estado, Fernando Marques de Figueiredo, apontou a melhora na cotação do produto na Bolsa de Chicago (EUA) e disse que, em território mato-grossense, deve haver avanço da sojicultura concentrado em áreas colocadas em descanso, locais com produtividade menor ou pastagens, ou ainda em substituição a outras lavouras em geral, arroz. Disse, ainda, que a situação do entorno do parque tende à estabilidade no que diz respeito a desmatamento.
Para André Villas-Bôas, do ISA, existe a possibilidade de que a expansão, se confirmada, aproveite áreas já abertas. Ele prevê, no entanto, que o processo incluiria um percentual de desmatamento e um processo de expulsão da pecuária para municípios mais ao norte, com abertura de novas áreas. O Xingu está numa região que vem sendo muito procurada pelo agronegócio, porque é plana e coberta em boa parte por solos vermelhos, além de contar com e uma variação climática muito apropriada, com períodos muito definidos de chuva, comenta.
É uma conjunção perfeita, diz. É tudo o que a agricultura mecanizada quer. O mercado de terra ali está se aquecendo, não só pelo preço da soja, mas também por causa do biocombustível. Ele avalia que o grau de preservação do patrimônio natural do estado vai depender da atuação do poder público, mas lembra que em muitas propriedades ainda existem áreas que, legalmente, podem ser desmatadas.
O instituto e parceiros trabalham, desde 2004, com a campanha Y Ikatu Xingu, que visa à recuperação das nascentes da região muitos dos rios que formam o Xingu nascem fora do território indígena. Entre as estratégias da iniciativa, que tem como meta recuperar 300 mil hectares degradados de mata ciliar (que margeia cursos dágua), estão a capacitação de lideranças e a promoção do desenvolvimento sustentável por intermédio da mídia local e de escolas. Além disso, há cerca de 20 projetos pilotos buscando estabelecer formas de recuperação de vegetação adequadas para pequenas e grandes propriedades e assentamentos de reforma agrária.
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