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Embrapa Rondônia seleciona plantas produtivas de pinhão manso


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Teor de óleo das sementes avaliadas em laboratório variou de 28% a 40% - Foto: Daniel Medeiros

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As plantas mais produtivas serão selecionadas e avaliadas em laboratório  - Foto: Daniel Medeiros
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Embrapa Rondônia cultiva 2 hectares de pinhão manso no Campo Experimental de Porto Velho
Foto: Daniel Medeiros

 
 
Ainda pouco estudado pela ciência, o pinhão manso começa a ser domesticado por pesquisadores da Embrapa Rondônia. Com a colheita da terceira safra de uma área experimental localizada no município de Ariquemes, em Rondônia, será possível confirmar ou não a produtividade de algumas das plantas monitoradas e separar as melhores para um trabalho de melhoramento genético. O pinhão manso é uma oleaginosa estudada pela Embrapa em diversas partes do País por conta de seu potencial para produção de biocombustível. 

O pesquisador Rodrigo Barros Rocha, da Embrapa Rondônia, monitora uma lavoura de pinhão manso com cerca de mil plantas já em fase de produção no município de Ariquemes, localizado a 200 km de Porto Velho. Com duas colheitas avaliadas já foi possível definir alguns critérios importantes para o rendimento de óleo do pinhão manso. 

"Algumas plantas produzem mais de dois quilos e meio de grãos por safra. Outras não produzem praticamente nada", afirma o pesquisador. "Mas é preciso levar em conta também a quantidade de óleo produzida por cada planta. Algumas possuem teor de óleo mais alto nas sementes, ou seja, não é apenas o número de grãos colhidos que deve ser levado em consideração", mostra o pesquisador. 

As 25 melhores plantas identificadas serão clonadas e submetidas a novos testes no Campo Experimental de Porto Velho, onde já são cultivados 2 hectares de famílias de pinhão manso com potencial para produção de óleo. Além de avaliadas em campo, as plantas serão analisadas em laboratório. O uso de marcadores moleculares ajudará a caracterizar a variabilidade genética dos indivíduos, pré-requisito para as demais etapas do processo de melhoramento genético. 

Poda e adubação
Além da identificação de plantas com características agronômicas desejáveis para produção de óleo, a Embrapa Rondônia pretende também indicar algumas práticas adequadas de cultivo, como épocas de plantio e de colheita, controle de pragas e doenças, poda e adubação do solo. O pesquisador Alaerto Luiz Marcolan, doutor em Ciência do Solo, prepara uma bateria de experimentos em laboratório em que vai submeter plantas de pinhão manso a soluções com diferentes concentrações de Nitrogênio, Fósforo e Potássio. O objetivo é verificar quais nutrientes são mais determinantes para o desenvolvimento da espécie. 

Também serão testadas três técnicas de poda, associadas a diferentes combinações de adubo. A ideia é identificar qual arquitetura de planta favorece o crescimento e a produtividade em função do solo. Ao final do projeto, serão publicados documentos técnicos com recomendações de cultivo. 

Congresso


Estratégico para a produção de biocombustíveis, o pinhão manso (Jatropha curcas) será intensamente debatido no I Congresso Brasileiro de Pesquisa em Pinhão Manso, que acontecerá nos dias 11 e 12 de novembro, em Brasília. O evento é organizado pela Embrapa Agroenergia, uma das 42 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, pela Associação Brasileira dos Produtores de Pinhão Manso (ABPPM), com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), ao qual a Embrapa é vinculada. O prazo para submissão de trabalhos vai até dia 30 deste mês. Mais informações em http://www.congressojatropha.com.br/  

Fonte: Embrapa Rondônia
www.cpafro.embrapa.br
Porto Velho (RO): BR 364 (sentido Cuiabá), km 5,5
Jornalista responsável: Daniel Medeiros (SC-02735-JP)
Estagiária de jornalismo: Narah Braga
 

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