Quarta-feira, 22 de outubro de 2025 - 13h26
O tema ESG deixou de ser apenas uma tendência corporativa e passou a integrar o centro das decisões estratégicas das empresas. No setor de logística, essa transformação é ainda mais evidente: de acordo com a consultoria McKinsey, a cadeia de suprimentos pode representar até 80% da pegada de carbono de uma companhia. Esse dado mostra o quanto repensar deslocamentos, rotas e transportes é determinante para empresas que buscam se manter competitivas e atender às crescentes cobranças de investidores e consumidores.
Um relatório da International Energy Agency (IEA) publicado em 2024
reforça esse cenário. O transporte responde por cerca de 24% das emissões
globais de CO₂ relacionadas à energia, e grande parte vem do transporte
rodoviário, responsável por movimentar mercadorias e equipes em escala mundial.
No Brasil, onde mais de 60% da logística depende das rodovias, a pressão por
soluções mais sustentáveis se intensifica, exigindo novas estratégias das
empresas de todos os portes.
O conceito de ESG (ambiental, social e de governança) aplicado à
logística vai além da redução de emissões de gases de efeito estufa. Ele
envolve também práticas que asseguram condições de trabalho adequadas,
processos transparentes e uso de tecnologias que aumentem a eficiência. Para o
setor, a integração desses três pilares tornou-se um diferencial competitivo e
uma forma de atrair investimentos.
Empresas que já trabalham com metas de redução de carbono no transporte
conseguem negociar melhores contratos com parceiros e até conquistar vantagens
fiscais em algumas regiões. A sustentabilidade na logística, nesse contexto,
está diretamente ligada à reputação corporativa e ao valor percebido da marca.
Mais do que uma exigência regulatória, é uma resposta ao consumidor que cobra
práticas responsáveis e busca consumir de empresas que estejam alinhadas às
suas expectativas ambientais e sociais.
Ao falar de ESG na logística, não se trata apenas do transporte final até
o consumidor. O ciclo começa na escolha da matéria-prima utilizada na produção,
que precisa ser de origem sustentável, passa pela forma como os insumos chegam
ao centro de distribuição e envolve o uso de transportadoras comprometidas com
a redução da poluição.
O último elo, a entrega ao cliente, também ganha relevância. Nos grandes
centros urbanos, soluções como bicicletas elétricas, veículos híbridos e até
drones vêm sendo testadas para diminuir a emissão de carbono. Programas de
logística reversa, que permitem o retorno de embalagens e produtos descartados,
também fazem parte da estratégia de ESG, já que reduzem resíduos e estimulam a
economia circular.
Um relatório da Deloitte aponta que 55% das companhias brasileiras já
implementaram algum tipo de programa voltado à sustentabilidade em sua cadeia
logística, e os resultados vão desde a redução de custos até a melhoria da
imagem corporativa.
O conceito de sustentabilidade também precisa ser expandido para os times
que passam grande parte do tempo nas ruas, como equipes comerciais, de
manutenção e de pós-venda. Esses deslocamentos, muitas vezes negligenciados nos
cálculos de impacto ambiental, representam uma fatia significativa das emissões
corporativas.
Nesse ponto, a tecnologia assume um papel estratégico. Alexandre
Trevisan, CEO da uMov.me, destaca a relevância do planejamento inteligente de
deslocamentos: “Com apoio da tecnologia, é possível otimizar visitas, reduzir
quilômetros rodados e gerar benefícios tanto para o negócio, quanto para o meio
ambiente. A criação de rotas inteligentes por meio de aplicativos de logística torna o
deslocamento das equipes mais eficientes e sustentáveis.”, afirma o CEO.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 99% da
população mundial respira ar com poluentes acima dos níveis recomendados. No
Brasil, o transporte rodoviário ainda é altamente dependente de combustíveis
fósseis, responsáveis por 47% da emissão de CO₂ no país. Melhorar a gestão de
serviços de campo e reduzir o uso desnecessário de veículos é, portanto, uma
medida estratégica para unir eficiência e responsabilidade ambiental.
A cadeia de suprimentos é considerada a espinha dorsal de qualquer
negócio, e quando se fala em ESG, ela ganha ainda mais relevância. No setor
logístico, analisar todo o processo, desde o fornecedor de matéria-prima até o
consumidor final, permite identificar gargalos e pontos de melhoria que
impactam diretamente a sustentabilidade da operação.
É no Supply Chain que decisões sobre transporte, armazenagem,
fornecedores e rotas são tomadas. Incorporar métricas de ESG nesse processo
significa avaliar parceiros sob critérios ambientais e sociais, exigir
certificações de origem sustentável e adotar práticas que minimizem
desperdícios. Segundo estudo da Accenture, empresas que alinham ESG ao Supply
Chain podem reduzir em até 30% seus custos operacionais e, ao mesmo tempo,
aumentar a resiliência de suas cadeias.
Outro ponto importante é o uso de ferramentas digitais para tornar a
gestão mais transparente. Adoção de aplicativos para logística, sistemas de
rastreamento em tempo real e análises preditivas ajudam a planejar rotas,
controlar emissões e oferecer relatórios detalhados sobre a sustentabilidade da
operação.
À medida que cresce a pressão por responsabilidade ambiental, as empresas
brasileiras se veem diante de um desafio que também é uma oportunidade: tornar
sua logística mais sustentável sem perder competitividade. A transformação
passa pela inovação tecnológica, pela mudança cultural dentro das organizações
e pelo engajamento de todos os elos da cadeia.
Ao integrar práticas de ESG em seus deslocamentos, desde a escolha de
fornecedores até a gestão das equipes em campo, as companhias não apenas
reduzem impactos ambientais, mas também se fortalecem perante consumidores cada
vez mais exigentes. A sustentabilidade na logística deixa de ser um diferencial
e se torna parte do caminho para construir negócios mais preparados para o
futuro.
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