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Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI - Uma sexta verde e amarela em todos os sentidos


POLÍTICA & MURUPI - Uma sexta verde e amarela em todos os sentidos - Gente de Opinião

1-Por que o Brasil que dá certo no futebol não dá certo na política? 


Hoje sexta feira quando se esperava total arrefecimento, os manifestantes com seus caminhões travaram a entrada e saída apenas de caminhões na via que dá acesso ao maior terminal de carga aéreo do país. É a treva! Ontem o Brasil que dá certo mostrou o seu espírito festeiro e seu futebol que encanta, na festa verde amarela que com certeza não foi feita somente por brasileiros bolsonaristas ou lulistas. No futebol coexistem torcidas adversárias - e põe adversárias nisto - no espaço de uma arena onde milhares de pessoas apinhadas entoam os gritos e cânticos de incentivo aos respectivos times. Isto é algo que poderia servir de exemplo para partidos e políticos brazukas. O Brasil passou no teste e venceu com louvor a primeira partida. É a caminhada para um resultado que pode lhe ser favorável ou não e a partir daí pode continuar pensando e trabalhando para sagrar-se vencedor numa disputa com regras claras, aceitas e conhecidas por todas as tribos envolvidas, torcedores, clubes, imprensa, diretores de clubes, jogadores, juízes e cujo resultado é proclamado ao fim da partida final pela simples contagem pública e logicamente auditada de gols em lugar de votos e sem urnas eletrônicas. A seleção brasileira de amarelo que por acaso disputava a partida com um time que usava uniforme vermelho, tem mais de 200 milhões de torcedores no Brasil e noutros países e sabemos que se ganhar o título nada vai acontecer além de festa e risos. O Brasil e o mundo continuarão como estão, os jogadores voltarão aos times de origem e a vida seguirá por mais quatro anos até que noutra oportunidade e através de uma disputa dentro de regras previamente conhecidas, como ora se faz, será escolhido um campeão. Isto é algo que poderia servir de exemplo para partidos e políticos brazukas. O futebol tem essa característica. Uma bola de futebol, duas pedras em lugar das balizas do gol, um time com e outro sem camisa, um campo sem grama, sem chuteiras e a mágica se repete até sem juiz, pois o contendor reconhece a falta e segue as regras universalmente aceitas. O futebol é uma escola de democracia. Apesar dos antagonismos, das torcidas inflamadas na hora do jogo, as famílias respeitam as escolhas e convivem em casa gozando os adversários que não são inimigos. Ontem foi um desses momentos de celebrar o futebol que um dia foi chamado de ópio do povo. Galvonices buênicas e ufanismos à parte, a Rede Globo por exemplo “matou a pau” com a transmissão e teve a oportunidade de mostrar de forma livre das amarras da crítica constante aos “movimentos antidemocráticos de bolsonaristas”,  que por vezes constrange jornalistas, um estádio lotado de pessoas de amarelo, longe da política partidária. Isto é algo que poderia servir de exemplo para partidos, políticos e a carcomida imprensa brazuka. Né não?  


2-O Brasil na fila de embarque   

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Faltam 45 dias para o novo governo tomar posse e começar de verdade a governar e convenhamos, após tanto tempo longe do cockpit sem sequer tocar nos manches, piloto, copiloto e tripulação ainda estão longe do que se espera ser a equipe pronta e acabada. Difícil começar com a máquina ajustada, bancos na posição e altura ideais. A transição é o período em que a nova equipe recebe informações sobre a nave brazuka que vai pilotar, de olho na fila de embarque onde mais de 212 milhões de brasileiros que terão seus destinos entregues a esta nova equipe esperam para iniciar a viagem por 4 longos anos. Há frisson da tripulação que busca informações sobre o avião, combustível, rota e condições meteorológicas que antecipadamente já sabem não serem boas. Na fila os passageiros seguem, com o perdão da má palavra, como gado na rampa em direção ao matadouro com a ciência de que irão morrer nos tributos pornográficos e recebendo, se ou quando recebem, serviços de qualidade e continuidade ultrajantes. Para o brazuka mais pobre, mas que se sente representado pelo que se convencionou chamar esquerda progressista, em lugar do avião um “busão” e na bagagem a esperança da grana viva injetada na veia a cada mês através de programas assistenciais, que infelizmente se perenizam e fazem girar um círculo perverso alimentado pelo déficit fiscal que é financiado pelos bancos a juros altíssimos e que será pago pelo povo – inclusive pelos beneficiários dos programas assistenciais – numa sequência de precarização dos serviços e perenização da miséria, fome e desigualdade. Mas a esperança é assim, prima ou irmã da ignorância e que é uma benção para quem pouco ou nada sabe de economia, orçamento, etc. Banqueiros, rentistas e capitães do agro e das indústrias não entram na fila. Quem tem jatinho usa e empresta na base do 0800 aos amigos e amigos do “amigo do meu pai”, mas na primeira classe do avião estará o centrão, formado por uma espécie de elite às avessas do Senado e da Câmara tratando de negócios e negociatas e com poder de fogo para alterar rota, provocar paradas, organizar pautas, travar ou acelerar ações do Executivo e como já vimos no passado até trocar o piloto. Aliás não custa repetir: para quem pensa que um presidente dá as cartas no governo é bom lembrar seu antecessor, hoje um refém de si mesmo num mutismo constrangedor e com a espada de Dâmocles personificada no ministro Alexandre Moraes sobre a sua cabeça. Para lembrar, a resposta do presidente do TSE aplicando a multa na casa de 22 milhões (alusão ao número 22 do Bolsonaro?) foi uma “sinuca de bico” disse Zé de Nana, assessor temático de bares, cabarés e jogos de azar nas quebradas. E Zé de Nana avisa: é melhor parar pois o “capa preta” tem mais flechas e pegou o gosto pelo esporte. Vixi!


3-Rondônia em céu de brigadeiro

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Enquanto a transição fervilha em Brasília - nunca vi tanta gente tentando “ajudar” - aqui em Rondônia Marcos Rocha vai tocando o seu final de governo e início de mais quatro anos com aquele seu jeitão de tranquilidade e calma que engana muita gente. Foi assim antes da campanha eleitoral quando abriu sua caixa de bondades para atuar em todos os municípios com projetos factíveis e simples que caíram no gosto da classe político e do cidadão, a exemplo do “Tchau Poeira”, foi assim ao se relacionar quase que sem conflitos com a Assembleia Legislativa durante seu mandato e tendo que aguentar a pandemia, e está sendo assim agora ao remontar o seu secretariado já pagando os acordos feitos com os aliados de segundo turno e também conversando com a ALE para afinar acordos políticos com a nova formação da Casa. Para quem sempre afirmou que não era político, Marcos Rocha se revelou um aluno aplicado que deu o nó em muita “cobra criada”. Rondônia começa bem não tendo que trocar o comando do estado, o que agiliza processos que foram travados em função do ano eleitoral e dá celeridade aos projetos que estavam em andamento a exemplo das questões de saúde com a promessa de solução para os gargalos hospitalares e das cirurgias eletivas. Pelas características do estado e jeitão do governador, é bem provável que tenhamos quatro anos sem sobressaltos. É assim que eu penso.

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