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Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI - Eleições: uma briga de foice no escuro


POLÍTICA & MURUPI - Eleições: uma briga de foice no escuro - Gente de Opinião

Pesquisas eleitorais – a desordem oficial institucionalizada

1-Controlar ou abrir a porteira?


Para quem segura o fôlego com os resultados das pesquisas eleitorais é como se voássemos numa montanha russa e o que se deseja é a interrupção antes de outra onda de frisson e mentiras. Impossível crer que vários institutos tenham resultados tão díspares, apenas fruto da metodologia aplicada ou do intervalo praticado. É mentira, desonestidade e fraude. Ontem, o Instituto Paraná Pesquisas divulgou uma sondagem nacional, com Lula e Bolsonaro separados por seis pontos percentuais, diferente do resultado de 15 dias atrás quando o Instituto Datafolha registrou a diferença de 19 pontos percentuais. Não bate. Ontem a Q/Genial também anotou 14 pontos percentuais de diferença entre ambos. Não se trata de enquete ou achismo. São pesquisas registradas em e por órgãos competentes – ou seria in? – que deveriam estar com as lupas apontadas para avaliar a moralidade e verdade do feito – ou seria malfeito? Uma corrente behaviorista fala dos excessos de controles, da utopia da liberdade e verdade absolutas e de um comportamento padrão – ou seria consciência universal? Nos consultórios de psicologia o tema ganha repercussão, mas do lado de fora a negação vence. 

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Quem dita as regras sobres pesquisas age como uma mula com antolhos prestando um desserviço à amada, idolatrada, salve, salve, pátria democrática que a mim parece existir apenas nos gabinetes, envolta em togas e descrita em linguagem rebuscada ou às vezes ao estilo Figueiredo do “prendo e arrebento”. Como soe, as mulas circulam na praça, solenes, ciosas de suas desimportâncias, sem virar a cabeça, enquanto as abóboras – ou seriam as pesquisas? – se arrumam sozinhas na carroça, numa democrática bad trip brazuca.       

2-Descontrole nas redes e fogo no cabaré

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Não é exercício de futurologia. É só constatação. O prometido discurso para impedir as fake news no período eleitoral avança célere para a “Casa do Crica”, calendas, ou pros quintos dos infernos, a depender do freguês, que escolhe num cardápio recheado de maldades o que mais lhe envena o fígado e a mente. Ora, as mazelas existem, estão aí explicitadas no dia a dia, existem pessoas com sérios problemas de caráter ou de falta dele, mas a régua baixou demais. A velocidade e quantidade de informação e desinformação com o advento das redes criou um ambiente tóxico propício para o patrulhamento de indivíduos com exposição de verdades, mentiras, falsidades, invenciones, vilanias, vinganças e desforras com status de matéria jornalística checada. Tudo é permitido e de preferência sem provas. De roubalheiras a adultérios, achaques, orientação sexual e comportamentos sociais de uma forma geral, tudo está sendo revisto, requentado e publicado. Aos novos “ghost writers” juntam-se os “behavior analysts” que via podcasts e quadros em programas de rádios e tv distribuem ódio no atacado e varejo na busca dos likes que realimentam a zoeira e fazem chover a grana. 

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Não sei onde isso vai parar, mas é fundamental que pare. Abstendo-me de externar minhas preferências – o voto é livre, – temo pelo day after eleitoral. Ganhe quem ganhar, não será fácil tocar a boiada brazuca faminta e desesperançada. E creiam nada é tão ruim que não possa ser piorado. O cabaré tá pegando fogo.

                    3-Política econômica de cegos

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O expoente nas pesquisas eleitorais da esquerda, Lula tem sinalizado com algo que revela o Brasil movendo-se com a rapidez e a inteligência de um dinossauro. Sem projeto estruturado de nação não percebe que a economia precede as outras pautas. Como destinar recursos para a pauta primordial da esquerda – injetar dinheiro na mão do pobre? De onde sairão recursos para educação, saúde, segurança e infraestrutura? Como pregar para financistas, queixa-se um irritado Lula? “Eles não falam em política social, em distribuição de renda e distribuição de riqueza. Só falam de teto de gasto e política fiscal”. Sabemos todos que o Brasil tem um encontro consigo a partir de janeiro com quem quer que seja, para administrar uma saída ordenada do nosso próprio rolo imbricado com o novo rolo mundial. Não tratar a sustentabilidade fiscal na campanha não retirará o tema da pauta no próximo ano para quem ganhar a eleição. Duro é que fora a queixa citada do Lula, não há nada sobre um plano que premie a única possível visão míope, inconsequente, limitada que é a louvável distribuição de renda – não é mesmo dinossauro Suplicy? – que infelizmente não existe para os cidadãos brasileiros, famintos, descamisados, paupérrimos e desesperançados. 

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E respeitando mais uma vez as escolhas – o voto é livre! – a economia do Brasil para variar se ajustou, deu um novo salto e já se ouve na coxia Paulo Guedes cantando hinos ufanistas. Nada demais. É como se o dinossauro, sentisse com atraso que o seu rabo queima e tentasse apagar com mais fogo. É como penso!

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