Quarta-feira, 14 de maio de 2025 - 14h10
Lula vai a Roma com o séquito, dá um pulo na Rússia,
outro na China e ao passar destrói a história mistura alhos com bugalhos, enfia
o Napoleão Bonaparte numa inverosímil ida à terra dos Xing-Lings, compara sua reeleição
com o sucesso da revolução chinesa de 1949 e diz: “quando um governo tem
compromissos sociais e não esquece as origens daqueles que chegaram ao poder e
querem governar para todos, as coisas melhoram”. Coma a sua conhecida aversão
pelos livros até em português, claro que não leu nada da China e danou-se a
exaltar a revolução que matou de fome 45 milhões de chineses 1958 e 1961. Mas na
Rússia “uómi” apelou: “A Alemanha deveria estar festejando porque, graças ao
que aconteceu em 1945, o nazismo, que estava tomando conta da Alemanha foi
derrotado”. É o samba de crioulo doido. A Alemanha perde a guerra e Lule propõe
que mesmo derrotada suba no palanque para aplaudir sua derrota. Sainda da
política e da história para a saúde, o álcool mata neurônios. Cachaça faz
coisa. Deve ser isso.
1.1-
O Brasil civilista e internacional dos novos tempos
Não se pode reclamar do Brasil escondido. Para onde
quer que se olhe há algum ministro do STF falando para uma plateia europeia que
só entende o português do Brasil e não de Portugal, ou nos EUA com a “tchurma
do João Dória” falando para brasileiros que não falam inglês, mas são íntimos
do Pateta, debatendo as “Lides Brazukas” num espetáculo de civilidade como
gosta Sêo Barroso. Por outro lado Sêo Lule vai com a culta, poliglota, admirável,
engajada e elegante esposa – ou sem ela ou ela sem ele, casal moderno é assim –
e um comboio de amigos, entre políticos, empresários, aproveitadores, caronas,
nada que lembre o cidadão comum, o operário, o estudante, só gente rica. Ver
essa gente feliz, bem vestida, sorridente, viajando com tudo pago por nós,
ficando em hotéis chiques, nos enche de orgulho. Com Lule não tem miséria. Nada
de ficar na embaixada como Biroliro para economizar. Presidente que se preze gasta
bem, tem segurança, comitiva grande para demonstrar poder e riqueza. Tem de se
comportar como um nababo. Às vezes pinta um programa fora do eixo como agora com
o enterro do Mujica do Uruguai. Mas quem vai ao enterro do Papa vai também ao
enterro do Pepe.
1.3- A outra face da esquerda
O urugaio Pepe Mujica faleceu
ontem aos 89 anos, pobre por opção, consciente, deixando um legado de
honestidade, difícil para alguém que teve a chave do cofre do país na mão.
Mujica é da esquerda raiz. Ligado ao campo, sitiante, foi um dos fundadores do
Grupo guerrilheiro Tupamaro nos anos 60 e 70 contra a ditadura do seu país.
Mujica foi preso e ficou na cadeia por vários anos e no corpo ficaram as marcas
de bala que recebeu em tiroteio. Eleito presidente, fez um governo com espaço a
opositores rejeitou o palácio como moradia e dirigia o próprio fusca. Ao
contrair o câncer na bexiga usou o serviço público até que vendo a inutilidade
dos tratamento optou por ficar no sítio recebendo apenas cuidados paliativos.
Pepe Mujica não é exemplo de homem da esquerda. É um exemplo de homem.
1.3- Desatando os nós
Aos poucos, colocando algodão
entre os cristais, porém movendo com segurança as peças, o novo Chefe da Casa
Civil, vai limpando o campo minado e cuidando para que a casa de caba não entre
novamente em ebulição. O plano infalível, que mais lembra um daqueles do
Cebolinha e Cascão para rapelar o coelho Sansão da Mônica, foi descoberto e a
ação resultou na autorização para liberar um crédito vital para o estado que havia
seguido para a Assembleia Legislativa. Os autores do plano e os que atuavam
para travar o pedido até que “as coisas mudassem”, tiveram suas digitais
expostas. E foi preciso apenas abrir a janela para o sol clarear as coisas. “A política
ama a traição e odeia o traidor” dizia Leonel Brizola.
1.5-
Arcabouço fiscal?
Há um tema no Brasil sobre o qual
não há controvérsias. A reforma tributária ou se preferirem, o tal arcabouço
fiscal, é mais complicado que resolver cubo mágico vendado, de costas, usando só
os calcanhares. Em recente viagem aos EUA – meuducéu como ele viajam – o
ministro Fux do STF deitou o cabelo (?) frente a um grupo de investidores e
falou do risco de judicialização das novas regras e de forma clara abordou a
questão da legislação pertinente e que tem mais de 500 artigos, uma fonte para
dúvidas e interpretações. Para Fux que também vê o STF como o maior e senão o
único caminho para dirimir dúvidas, talvez o ideal seja a criação de um mecanismo
que acelere a entrada no STF, já que é o STF que dá a palavra final sobre
tributação. E aí pode até surgir outro puxadinho: uma corte tributária. É o
Brasil criando dificuldades para vender facilidades. Tem jeito não...
1.6-
Último pingo
Que coisa... Janja pediu salma de palma para a
presidenta presa e torturada pelo regime que matou milhares de homens e
milhares de mulheres, mas que ainda está aqui. Depois quis saber de Tik&Tok
e só faltou o insulto Fuck You Xi Jinping. Falar de corda em casa de enforcado
e Tik&Tok entre presidentes. Que coisa...
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