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Lente Crítica

OPINIÃO: OS RECURSOS DO PAC 2 E O APETITE DOS ABUTRES



Instalada a crise entre a Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia, a Caerd, e alguns municípios do interior. Há 42 anos, isto é, desde sua criação, a empresa, bem ou mal, vem cumprindo o seu papel. Digo bem ou mal, porque ao longo de sua existência foram raros os momentos em que a Caerd recebeu o tratamento digno e respeitoso na condição de patrimônio do povo de Rondônia.OPINIÃO: OS RECURSOS DO PAC 2 E O APETITE DOS ABUTRES - Gente de Opinião

Sucessivas administrações estaduais deram as costas para aquela que em tempos idos recebeu a incumbência de praticar a saúde preventiva, implantando o saneamento básico em todo o Estado. É bem verdade que está longe disso, muito longe.

Mas...para quem acompanha sua trajetória nos últimos 30 anos, como eu, sabe perfeitamente que a mesma se mantém e cumpre em parte com suas finalidades, graças à determinação, ao amor e aos esforços de funcionários que trazem em suas veias o DNA caerdiano; prova é, que vestiram a camisa da Gestão Compartilhada.

Mesmo sendo deficitária no confronto "Despesa X Faturamento" a Caerd está presente em 42 dos 52 municípios de Rondônia servindo como um alívio aos cofres municipais, para a alegria dos senhores prefeitos, que na sua maioria não tem sequer recursos para arcar com a folha de pagamento, e que vivem perambulando de porta em porta com o pires na mão.

Nunca, em momento algum, ouviu-se na Assembléia Legislativa; em determinadas Prefeituras ou Câmaras de Vereadores, até mesmo no Palácio Presidente Vargas, uma voz sair em defesa da Caerd, reconhecendo seu desempenho mesmo com a ausência de investimentos públicos.

Mas...derrepente surge uma ardilosa campanha para aniquilar com a estatal, num desrespeito sem precedentes a um patrimônio rondoniense. Ação ardilosa porquê acontece exatamente quando o PAC 2 e as contrapartidas das Usinas do Madeira destinam quase 200 milhões de reais para saneamento básico em todo o Estado.

Bastou para aflorar o desmedido apetite dos ABUTRES que querem a qualquer custo, seja através da municipalização ou da privatização, meter a mão na dinheirama, dizendo-se capazes de assumir o papel da Caerd em seus municípios; quando na verdade não conseguem sequer administrar suas contas de supermercado.

É bom deixar claro, que tal crise tem como arquitétos o ex governador e atual prefeito de Ji-Paraná, José de Abreu Bianco, justamente ele, o pai da Gestão Compartilhada, e a Associação Rondoniense dos Municípios. Resta saber quem vai sair em defesa da Caerd, que até agora fez o que fez às duras mínguas, dando lhe a oportunidade de mostrar toda sua competência se utilizado de quase 200 milhões de reais; dinheiro jamais visto e sonhado por ela.

COM A PALAVRA OS SUPOSTOS REPRESENTANTES DO POVO DE RONDÔNIA.


EM TEMPO: Não tenho procuração alguma para sair em defesa da Caerd, trata-se apenas da opinião de um cidadão que anda com o saco cheio desses espertalhões, e mais ainda; não devo a mínima satisfação aos prefeitos do interior, seja ele quem for.

Fonte: Blgo do Beni Andrade

 

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