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Lente Crítica

Manual de como se faz o 'samba do crioulo doido'


 
Decididamente educação de qualidade não é o que busca o Ministério da Educação. Vamos esquecer por ora as lambanças do Enem ou da cartilha de orientação sexual e focar no último fato: a indicação de um livro que impacta aluno e professor por inversão da ordem natural de ensino – ensinar o certo para eliminar o erro. O livro que pretende ser didático faz parte da coleção Viver e Aprender é um insulto sob qualquer ângulo, mas foi aprovado e será usado pelo MEC. O título é pura ironia: Por uma Vida Melhor. Melhor ou mais fácil? Para continuar no erro não é necessário um livro.Manual de como se faz o 'samba do crioulo doido' - Gente de Opinião

Destaquei um trecho no qual a autora, diz: “mas eu posso falar os livro? Claro que pode. Mas fique atento porque dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas.”

É um absurdo e o MEC defende tal absurdo. Ora, seguindo por esse caminho errático em breve irá aparecer alguém para ensinar que 2+2 pode ser 5 ou 6, que o Brasil foi descoberto por Lula, que os cromossomos são bichinhos coloridos e que o microscópio é uma espécie de “big brother de insetos”.

Afinal, o que quer o MEC? Cultivar o erro? Manter o analfabeto berrando por aí que a “gente não precisamo de livro nem de fessora já temo merenda?

Por favor, é preciso conhecimento sólido para ensinar a quem não sabe e acender a luz para quem está nas trevas. Ensinar que o erro é aceitável é inadmissível. O Brasil não pode, não deve e não merece esse tipo de estupidez, ainda que avalizada pelo MEC, ainda que cheia de desculpas bem intencionadas mas esfarrapadas, até porque confirmar o erro é uma forma de aceitá-lo, reforçá-lo e incentivá-lo.

Para utilizar o estilo proposto pelo MEC, encerro com um pensamento bem de acordo com o que preceitua a dona Heloisa Ramos no seu livro:
Oos pessoal do mequi inda não acabaro mas tão fazeno a revolussão na escola e nem precisô usar um AK 47.

 

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Fonte: Léo Ladeia - [email protected]
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