Sexta-feira, 27 de maio de 2011 - 09h57
Lula da Silva além de ser um animal político interessante é um sedutor irresistível e para tentar resolver o rolo de cobra em que se envolveu o ministro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, aliás, indicação do próprio Lula, o “cara” entrou no baile para dançar e usando todo o seu poder de sedução, deixou no canto a chefa Dilma.
Lula só precisava de uma crise para aparecer e dar as cartas. Palocci deu o mote com o seu rolo e com sua incompetência como ministro de articulação. Na esteira, a presidente Dilma sem traquejo ou sem aptidão para articular com políticos, carimbou o passaporte para Lula fazer a festa.
Para quem já enfrentou as crises dos aliados José Sarney e Renan Calheiros e dos ministros José Dirceu e o do próprio Palocci no lamentável episódio do caseiro Nildo, que lhe custou o pescoço, o caso de agora é fichinha.
Lula chegou, baixou e saravou. Ditou ordens a Dilma e ao Palocci, organizou almoços, jantares onde ouviu queixas de parlamentares, aliados e opositores, chamou aliado às falas e organizou a blindagem irrigada com a liberação de verbas, afagos e cargos. Tudo feito do jeito Lula.
Reencarnado no poder, o que fará Lula quando a crise for silenciada? Voltará às palestras ou tomará assento à direita da Mãe do PAC, por ora instalada na cadeira que julgar sua por direito, como a eminência parda do governo Dilma?
Dificil prever. De certo mesmo é que em muito pouco tempo Lula conseguiu desnudar o governo da presidenta, mostrada por ele durante a campanha como símbolo de competência além de revelar que “o governo” continua sendo um projeto seu, pessoal e partidário.
Não importa que o Palocci esteja errado. Importa que não seja alvo. Se Dilma é ou não competente pouco importa. O que ela não pode é comprometer seu projeto lulístico.
Mudando de lá pra cá, que falta faz um articulador político num governo. Como o nosso aqui de Rondônia.
Acorda Rondônia