Sexta-feira, 29 de agosto de 2008 - 22h07
A Academia de Letras de Rondônia decidiu, em reunião nesta sexta-feira, encaminhar aos responsáveis pela obra que vem sendo feita no prédio do Palácio Presidente Vargas, um documento protestando contra a escolha da cor com que aquele patrimônio público vem sendo pintado, "fora de sua cor original", conforme a historiadora e acadêmica Yeda Pinheiro Borzacov.
A recuperação do prédio, que há mais de meio século vem servindo de sede oficial do Governo de Rondônia, foi elogiada pelos acadêmicos, que entendem ser importante que haja um trabalho de preservação do local, que em várias ocasiões tem sido centro de decisões político-administrativas importantes, mas eles não concordam com a mudança de padrão na cor.
Conforme os membros da Academia, a cor original do Presidente Vargas seria rosa-salmão e não azul-e-branco como está sendo pintado o prédio, "fora das características históricas, um fator que é obedecido em qualquer trabalho desse nível que é realizado em outras regiões do país", reclamou o acadêmico Luiz Antonio.
Durante a reunião ficou decidido que, daqui para a frente, a Academia de Letras vai se posicionar com relação a todas as reformas de prédios ou locais históricos, cobrando sempre o respeito pelas origens. "Estamos nos colocando à disposição para consulta e para colaborar com os responsáveis por esses projetos, mas não é justo que sejam mudadas características básicas nesses casos", disse o presidente-em-exercício da entidade, o poeta Pedro Albino.
Fonte: Lúcio Albuquerque
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