ONS prevê aumento da energia térmica na matriz brasileira

RIO DE JANEIRO, 10 de agosto (Reuters) - Vai crescer até 2011 a participação na matriz energética brasileira da energia gerada por usinas termelétricas, informou nesta sexta-feira o ONS (Operador Nacional do Sistema).

O cálculo da entidade, no entanto, leva em consideração a energia potencial das unidades térmicas da Petrobras, que ainda não têm fornecimento de gás garantido para poderem operar.

O cronograma elétrico do ONS prevê que até 2011 a oferta de energia no país aumentará em 16.531 MW (megawatts). Desse total, 6.647 MW serão de térmicas, 6.399 de hidrelétricas, 1.059 MW de PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) e PCTs (pequenas centrais térmicas) e 1.145 de eólica.

Segundo o operador, se a economia brasileira crescer 4 por cento entre 2007 e 2011 o risco de déficit de energia na região Sudeste será de 5,3 por cento e, se a economia avançar 4,8 por cento anualmente, o risco sobe para 7,3 por cento.

Segundo o ONS, a produção de energia das térmicas à gás da Petrobras subirá dos atuais 2.260 MW médios para 6.790 MW em 2011.

"Estamos considerando as usinas térmicas da Petrobras operando e contamos com elas. Isso é fundamental para o sistema", afirmou a jornalistas o diretor geral do ONS, Hermes Chipp.

A disponibilidade de gás tem sido um dos obstáculos para que as unidades térmicas da estatal entrem no sistema. "Os cálculos foram feitos com o gás chegando às térmicas", acrescentou Chipp.

Fonte: Reuters