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Sindicalista: Mão de obra hoteleira será problema na Copa


Jorge Wamburg
Agência Brasil


Brasília - A qualificação da mão de obra é um dos principais problemas do setor de turismo brasileiro para a Copa do Mundo de 2014, pois é difícil qualificar trabalhadores que ganham um piso salarial de R$ 700 , disse hoje (26) o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade, Moacir Alves, durante audiência pública na Comissão de Desporto e Turismo da Câmara dos Deputados.

O sindicalista apontou diversos problemas que prejudicam a capitação de trabalhadores para a Copa e as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Um deles é que os trabalhadores da área de hospedagem não falam uma segunda ou terceira língua, o que causará muitas dificuldades para lidar com os turistas estrangeiros.

Ele apontou a questão salarial como um problema que precisa ser resolvido com rapidez, pois, do contrário, “não teremos gente para trabalhar, pois na construção civil a função mais simples paga R$ 900. Quem se propõe a trabalhar por R$ 700, que é o piso da rede hoteleira?”

Outra preocupação de Moacir Alves é quanto à falta de condições nas estradas para atender os turistas que vão circular pelas cidades-sede durante a Copa, principalmente a sujeira dos banheiros nos postos de abastecimento. “Precisamos chamar as grandes bandeiras [responsáveis pelos postos] para discutir melhorias na rede, pois ninguém sai de casa para ser maltratado”, disse.

Ele concluiu sua participação com um alerta para que o país saiba tirar proveito dos eventos internacionais que vai sediar nos próximos anos. “Para a Fifa [Federação Internacional de Futebol], a Copa é um negócio. Vai depender de nós, brasileiros, fazer com que esse negócio seja favorável a nós. Se não, ela [Fifa] vem aqui, pega o dinheiro, e nós não vamos nem ficar a ver navios, porque eles vão embora”.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), Enrico Fermi Torquato, também participou da audiência e disse que a hotelaria está tranquila para a Copa e as Olimpíadas, pois, trabalha com a qualificação de trabalhadores que já atuam na área e estão trabalhando em funções básicas do setor: capitão-porteiro, mensageiro, gerências médias e governança (governantas e arrumadeiras).

“No ano passado, foram qualificados 4.364 trabalhadores na nossa Escola Virtual Meios de Hospedagem (EVMH). Nossa meta, é qualificar mais 25 mil no ano que vem e mais 40 mil em 2013”, disse Fermi, que também desenvolve o programa Pequenos Notáveis, em parceria com o Sebrae, para capacitar gestores (donos) e gerentes de hotelaria até 50 apartamentos, em uma média de 1.200 por ano. “É um programa muito importante, pois 72% da hotelaria brasileira são formadas desse tipo de hospedagem”, declarou.

Em relação às acomodações para os turistas que virão ao Brasil para a Copa, o dirigente da Abih disse que a situação do setor é tranquila, pois “a hotelaria brasileira conta com 25.500 unidades de hospedagem, entre hotéis e pousadas. Isso significa uma disponibilidade de 1,1 milhão de apartamentos e mais de 2,2 milhões de leitos para atender aos 600 mil turistas que virão ao Brasil durante a Copa”.

Fermi ressaltou que a rede hoteleira do país está se expandindo não apenas por causa da Copa e das Olimpíadas, “mas por causa dos 50 milhões de brasileiros que, segundo os estudos da associação, vão subir nos próximos dez anos das classes D e E para a C e passarão a viajar pelo país, aproveitando o baixo custo das passagens aéreas e dos pacotes turísticos”.

 

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