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Nigerianos se emocionam e agradecem o carinho brasileiro


Derrotados pela França em um estádio que gritava “Nigéria! Nigéria!” em Brasília, jogadores e técnico do time africano ressaltam o apoio que receberam e elogiam a organização do Mundial no Brasil

Para qualquer atleta, a despedida de uma Copa do Mundo é sempre um momento triste, em que o sonho de um título ou de uma campanha histórica é adiado por mais quatro anos. Nesse sentido, a seleção da Nigéria viveu, nesta segunda-feira (30.06), no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, um episódio que não terminou como os jogadores ou o técnico Sthephen Keshi gostariam.

Em campo, a França venceu o duelo com os africanos por 2 x 0, com gols de Pogba e do nigeriano Yobo, contra, ambos no segundo tempo. Assim, os franceses se classificaram para as quartas de final e eliminaram os nigerianos. Restou aos africanos, então, o sentimento de que fizeram uma boa Copa do Mundo e, principalmente, um agradecimento aos brasileiros pelo enorme carinho demonstrado pela equipe ao longo de todo o Mundial.

Nas arquibancadas do Estádio Mané Garrincha, a maioria dos 67.882 torcedores que compareceram à arena na capital incentivava, desde o início do confronto, os africanos. Os gritos de “Nigéria! Nigéria” ecoaram durante a maior parte da partida de tal forma que foi impossível que o técnico Sthephen Keshi e o atacante Peter Odemwingie não se emocionassem ao falar sobre o carinho que receberam em Brasília.

“Desde o aquecimento, ouvir os brasileiros gritando ‘Nigéria, Nigeria’, é algo que eu vou sempre me lembrar. Quando ouvi aquilo eu pensei: ‘Meu Deus, esse é o melhor momento da minha vida. O jogo mais memorável para mim foi aqui. Talvez seja minha última experiência internacional (em Copas do Mundo) e esse foi o melhor estádio de futebol no qual eu já joguei”, declarou Odemwingie, que fez questão de ressaltar seu carinho não só pelos torcedores brasileiros, mas pela Copa do Mundo no Brasil.

“A organização foi fantástica. Desde o transporte até os treinos tudo aconteceu muito tranquilamente e acho que todos fizeram um trabalho excelente. Esse é a melhor experiência que eu tive em meus 12 anos de futebol internacional. Estive em duas Copas do Mundo (2010, na África do Sul, e 2014), nos Jogos Olímpicos (Londres 2012), e essa Copa no Brasil foi o melhor torneio que eu já disputei”, ressaltou. “Quero voltar ao Brasil para passar férias. Quando meus filhos estiverem mais velhos eu com certeza vou voltar. Fiz alguns amigos aqui e acho que pelas conversas que eu tive com os outros jogadores essa foi uma das melhores experiências de nossas carreiras.”

O técnico Sthephen Keshi fez questão de agradecer aos brasileiros pela torcida. “Não poderia pedir por um melhor apoio do que o que nosso time recebeu. Os brasileiros foram ótimos conosco, não só aqui, mas em todos os jogos que fizemos. Era como se houvesse duas seleções brasileiras. Portanto, gostaria de agradecer a todos pelo carinho”. O treinador também elogiou a organização da Copa e classificou toda a experiência do elenco nigeriano no Brasil como “fantástica”.

Nas arquibancadas

O sentimento de emoção pela acolhida da seleção da Nigéria pelos brasileiros era ressaltado também nas arquibancadas. “Já esperava que os brasileiros fossem torcer pela nossa seleção, porque o time do Brasil já sofreu muito com a França em Copas do Mundo”, lembrava o nigeriano Olamide Fatunla, que ficou fascinado pelo país, embora tenha feito uma ressalva: “É um lugar fantástico, mas achei um pouco caro. Já estive nos Estados Unidos e na China e no Brasil tudo é bem mais caro. Mas o clima da Copa é ótimo, as pessoas são maravilhosas, então estou adorando”, continuou.

Há um ano e meio vivendo no Brasil, em São José dos Campos (SP), o francês Yohann Wasserer, que trabalha no país para uma companhia francesa de produtos para hospitais, se surpreendeu com a maciça torcida contra a França. “Pensei que os brasileiros quisessem encontrar a França nas semifinais para ter uma revanche. Não esperava que todos fossem torcer para a Nigéria”, explicou.

O francês confessou que gostou tanto do Brasil que ficará dividido caso a França dispute a semifinal contra a Seleção Brasileira. “Meu coração é meio francês e meio brasileiro”, justificou o torcedor, que veio para o estádio com uma sandália do Brasil e outra da França. Apesar disso, ele declarou que sua final dos sonhos para a Copa de 2014 seria entre Brasil e Argentina. “Acho que um duelo entre Neymar e Messi pelo título de uma Copa do Mundo seria fantástico.”

Luiz Roberto Magalhães/Portal da Copa

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O nigeriano Olamide Fatunla: “O clima da Copa é ótimo,
as pessoas são maravilhosas, então estou adorando”

Para Yohann, a Copa do Mundo tem sido incrível e, no fim, a paixão do brasileiro tornou o Mundial um torneio excepcional. “Todos esses problemas que a FIFA dizia antes da Copa foram superados. O mais importante em uma Copa do Mundo é esse clima de festa, de alegria, e isso os brasileiros sabem fazer melhor do que ninguém.”

O também francês Olivier Rosseti, engenheiro civil que vive em Paris, veio com os amigos para o Brasil. Ele se surpreendeu com a opção brasileira de torcer pela Nigéria, mas ressaltou que achou o ambiente dentro do Estádio Mané Garrincha incrível. “Não sabia que os brasileiros não gostavam da gente. Mas entendo que seja por causa das eliminações recentes para a França. Fiquei um pouco triste, mas tudo bem”, declarou Olivier, que disse que gosta muito da Seleção Brasileira, tanto que ele e os amigos compraram camisas do time do Brasil.

Luiz Roberto Magalhães/Portal da Copa

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O francês Yohann Wasserer, ao lado de um torcedor nigeriano: clima de confraternização dentro do Estádio Mané Garrincha

Ao final da partida, o torcedor nigeriano Owoade Wahab disse que ficou muito feliz por ver o apoio dos brasileiros por sua seleção e declarou que deixa o Brasil sentindo um enorme respeito e carinho pelo país. “A paixão dos brasileiros pelo nosso time foi maravilhoso. Não ter passado para as quartas de final foi uma pena, mas o nosso time jogou bem e fez um bom Mundial. Estive em duas Copas do Mundo antes da do Brasil, em 2006 (na Alemanha) e em 2010 (na África do Sul), e a hospitalidade que os brasileiros mostraram foi a maior de todas”, ressaltou.

França sem medo

Garantida nas quartas de final, a França já mandou um recado para o próximo rival (que sairá do duelo entre Alemanha x Argélia, disputado ainda nesta segunda-feira). Eleito The man os the match (o homem da partida), o meia Pogba fez questão de dizer que seu time estará pronto, independentemente do rival. “Somos a seleção nacional da França e não temos medo de ninguém”, avisou o jogador, que ressaltou que a vitória francesa só foi possível devido ao belo trabalho em conjunto e que, por isso, poderia dividir o troféu que ganhou com todos os companheiros. Por último, Pogba disse que adoraria disputar uma semifinal contra o Brasil caso a França vencesse seu próximo compromisso.

Já o técnico Didier Deschamps declarou que está muito feliz com o trabalho desempenhado por todos os jogadores até aqui na Copa do Mundo e disse não ter um rival preferido entre Alemanha e Argélia. “Estou muito contente por fazer parte das oito seleções que permanecem no Brasil. Teremos quatro dias para nos prepararmos para a próxima batalha e o que posso dizer é que estou orgulhoso do que fizemos até aqui no Brasil.”

Fonte: Luiz Roberto Magalhães e Renato Freire, do Portal da Copa em Brasília

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