Quarta-feira, 10 de outubro de 2012 - 15h15
Deputado fez gravação para candidatos de diversos partidos e participou de campanhas em mais de 40 municípios
Ao fazer uma avaliação do Partido dos Trabalhadores em Rondônia, o deputado federal Padre Ton (PT-RO) disse que o partido sai fortalecido no interior nestas eleições, e que isso se deve ao trabalho persistente feito na direção de se lançar candidatos “com experiência, com base social, com liderança respeitada na comunidade em que vivem e que inspiram confiança”.
Em anos anteriores, segundo o deputado, foram lançados até 40 candidatos, mas boa parte deles sem chance de alcançar prefeituras. “Trabalhamos nas bases a questão da qualidade, da necessidade de empoderar lideranças populares com atuação em movimentos sociais, nas organizações de trabalhadores, o melhor trunfo que o PT dispõe para ganhar eleições”, diz o deputado, enumerando a eleição vitoriosa em Jaru, Presidente Médici, Guajará Mirim, São Miguel do Guaporé, Costa Marques e Cacoal.
Padre Ton destaca a necessidade do partido acompanhar mais de perto a gestão das futuras administrações. “É preciso que isso seja feito agora na transição. Há uma demanda para isso, para que a executiva estadual acompanhe melhor, faça uma avaliação interna periódica sobre o andamento da gestão, contribua do ponto de vista administrativo e político”.
Dos seis prefeitos eleitos pelo PT – dois a mais em relação a 2008 – o deputado destaca a eleição da professora Sônia, em Jaru, e Lourdinha do Sindicato, de Presidente Médici. “Muito importante eleger mais mulheres. Precisamos ampliar a representação feminina na política”.
O partido também fez seis vice-prefeitos: em Cabixi, Espigão do Oeste, Nova Brasilândia, Seringueiras, São Felipe e Vale do Paraíso.
Padre Ton lamenta o fato da divisão interna do PT na capital ter impedido que a candidata do partido, ex-senadora Fátima Cleide, chegasse ao segundo turno. “O PT precisa fazer uma reflexão séria e comprometida com os princípios partidários que o tornaram, em todo o Brasil, o partido preferido da população, e se reorganizar na capital”, avalia.
Loteamento
Com presença na campanha em mais de 40 municípios, onde o PT lançou candidato ou fez alianças, Padre Ton disse que em Cacoal a reeleição de Padre Franco representou “um sopro forte de cidadania e consciência política, que extrapolou o partido”.
“A classe média e alta de Cacoal, o setor empresarial, entrou forte na campanha de Padre Franco para impedir o loteamento da prefeitura, o saque de recursos públicos. A população percebeu o perigo que representava a candidatura adversária, comprometida com o que há de pior na política da região”, destaca Padre Ton.
Superação do assistencialismo
A vitória da Professora Sônia, com 49,08% dos votos válidos na quinta economia de Rondônia, Jaru, tem também significado muito especial para o PT. “É o início da superação de uma política assistencialista e compensativa”, afirma, referindo-se ao fim da gestão de 12 anos da família Muleta.
Compra de votos
A prática da compra de votos foi constatada pelo deputado, especialmente na eleição para vereadores. “Foi com surpresa que vimos nomes completamente desconhecidos, que não fizeram campanha, sendo eleitos. É lamentável. Será que o voto facultativo impediria tamanha afronta ao processo eleitoral, uma afronta aos que lutam para ver aceitas as suas propostas, pedindo votos honestamente?” O questionamento do deputado Padre Ton foi postado por ele no Facebook e já gerou 80 comentários, boa parte deles considerando que a questão é cultural e de caráter.
O deputado afirma ter verificado, também, falta de eficiência da justiça eleitoral e da polícia em alguns municípios, além de decisões dúbias nas comarcas, algumas com rigor na aplicação da lei da ficha limpa e em outros lugares não. “Talvez a justiça eleitora precise ser fortalecida em algumas regiões, bem como o aparato de segurança da Polícia Federal, porque a segurança local muitas vezes é comprometida com alguns arranjos políticos que desafiam as leis”, diz.
Julgamento no STF
Padre Ton avalia que a eleição municipal tem uma natureza e uma dinâmica próprias, e que o eleitor decide diferente quando o processo é diferente. Por isso, para ele, o julgamento do chamado Mensalão pelo STF não teve impacto no pleito municipal.
“Setores da imprensa torceram para o PT encolher, em razão do julgamento, mas isso não aconteceu. O PT ampliou o número de prefeituras, aumentando 12% em relação a 2008. Saiu de 558 para 624. Mais importante ainda: tivemos 17 milhões de votos, estamos em primeiro lugar. Isso demonstra que o PT continua com a preferência nacional. Ninguém, durante a campanha em Rondônia, me abordou questionando o Mensalão”, conclui Padre Ton, que fez gravação de apoio para candidatos de diversos partidos.
“E sempre me pediram para falar de ética, honestidade e sobre a importância de eleger prefeitos e vereadores mais próximos ao povo, sintonizados com os interesses da população”, diz.
Vereadores indígenas e quilombola
O deputado ressalta a importância da eleição de dois vereadores indígenas em Guajará-Mirim. Roberto Oro Win, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), foi o candidato que mais recebeu votos, somando 569. Ele mora e trabalha como agente de saúde na aldeia de São Luiz – Aldeia Rio Negro Ocaia. Arão Wao Hara Ororamxijein, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), recebeu 552 votos. O líder quilombola Jorge Homero, de Pimenteiras, também foi eleito vereador, com 86 votos. “A diversidade étnica no Brasil precisa ter representatividade plena nas instituições”, afirma.
Fonte: Mara Paraguassu
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