Sábado, 15 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Educação

Relatório mostra que meninas são 54% da população fora da escola


Yara Aquino
Agência Brasil

As meninas representam 54% da população mundial fora da escola. A situação é mais grave nos estados árabes, onde essa proporção é 60% e não sofreu alterações desde 2000. O desequilíbrio que prejudica as matrículas de meninas nas escolas é maior nos países de baixa renda. Os dados estão no 11° Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, divulgado hoje (29) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Eliminar as disparidades de gênero na educação é uma das metas a serem cumpridas até 2015 pelos 164 países que assinaram o Acordo de Dacar (Senegal), durante a Conferência Mundial de Educação em 2000. De acordo com o relatório, em 2011 apenas 60% dos países atingiram esse objetivo no nível primário e 38% no nível secundário.

Nos países de renda média e alta, é mais comum haver equilíbrio entre os dois sexos. Nos casos de disparidades, a situação se inverte e prejudica mais os meninos quando se refere aos níveis da educação secundária, indica o relatório.

É o que ocorre no Brasil, onde há equilíbrio entre meninos e meninas na escola e a situação chega a ser inversa, explica a coordenadora de Educação da Unesco no Brasil, Maria Rebeca Otero. “Felizmente, no Brasil não temos muito esse problema. Até temos uma inversão, as meninas chegam mais ao ensino médio que os meninos”, disse.

Quanto ao desafio de garantir o acesso das meninas à educação nos países árabes, ela lembrou que é possível adotar ações que contribuam para melhorar esse panorama. “Mesmo que se crie salas de aula só femininas, há mecanismos que podem ser usados dentro desses países, modificando aos poucos, respeitando a questão cultural e religiosa”, acrescentou.

O relatório destaca que além de garantir a presença das meninas na escola, é necessário que elas tenham igualdade no processo de aprendizagem. “A igualdade de gênero também pressupõe ambientes escolares apropriados, práticas livres de discriminação e oportunidades iguais para meninos e meninas desenvolverem seu potencial”.

O relatório traz dados que reforçam a importância da educação das mulheres. De acordo com o texto, se todas as mulheres completassem a educação primária, a mortalidade materna seria 66% menor. Oferecer educação secundária a elas nos países pobres reduziria o nanismo em 26%.

Gente de OpiniãoSábado, 15 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

UNIR conquista nota máxima em avaliação do MEC

UNIR conquista nota máxima em avaliação do MEC

A Universidade Federal de Rondônia (UNIR) obteve nota máxima, conceito 5, no recredenciamento institucional do Ministério da Educação (MEC), realizado

Transporte fluvial é disponibilizado pelo governo de RO para alunos ribeirinhos durante Enem 2025

Transporte fluvial é disponibilizado pelo governo de RO para alunos ribeirinhos durante Enem 2025

O governo de Rondônia mobilizou esforços para garantir que os estudantes de comunidades ribeirinhas do Baixo Madeira, em Porto Velho, tivessem trans

Projeto Salus: acadêmicos da FIMCA realizam mais de 2700 atendimentos em Ouro Preto D’Oeste

Projeto Salus: acadêmicos da FIMCA realizam mais de 2700 atendimentos em Ouro Preto D’Oeste

O Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA realizou, em Ouro Preto D’Oeste, a 4ª edição do Projeto Salus, uma iniciativa que une ensino, pesq

IFRO promove Seminário de Práticas Integradoras durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2025

IFRO promove Seminário de Práticas Integradoras durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2025

O Instituto Federal de Rondônia (IFRO) Campus Porto Velho Calama realiza, de 11 a 13 de novembro, a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecn

Gente de Opinião Sábado, 15 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)