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Profissionais da comunicação de quatro regiões do Brasil discutem precarização do jornalismo no quarto dia de CANOAR

Comunicólogos do Sul, Sudeste, Norte e Nordeste compararam o mercado de trabalho do jornalismo no quarto dia do Colóquio, que está acontecendo na Escola do Legislativo, em Porto Velho


Profissionais da comunicação de quatro regiões do Brasil discutem precarização do jornalismo no quarto dia de CANOAR - Gente de Opinião

Em um debate representado por quatro regiões do Brasil, o Colóquio de Comunicação e Cultura na Amazônia Rondoniense (CANOAR) promoveu reflexões sobre “Rotinas produtivas e precarização do jornalismo brasileiro”. A discussão sobre este tema ocorreu nesta quinta-feira (17) na Escola do Legislativo, em Porto Velho, e faz parte da programação do Colóquio que iniciou segunda-feira (14) e irá até o sábado (20). 

O professor e pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Rogério Christofoletti, a professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Cláudia Nonato e a jornalista pernambucana Joana Suarez trouxeram um panorama nacional do mercado de trabalho do jornalismo, em debate mediado pela professora da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) Andrea Cattaneo.

O CANOAR é uma promoção do Departamento de Comunicação da UNIR e toda a programação pode ser conferida no site www.canoar.unir.br ou no instagram @canoar.unir.



Sobre o debate

A convidada  Joana Suarez, que atualmente trabalha com redações virtuais, participou de forma remota. A profissional trabalha atualmente como jornalista independente e conta que a busca pela qualidade de vida e a distância dos ambientes tóxicos das redações fizeram com que ela buscasse esse caminho, apesar da instabilidade de não possuir vínculos trabalhistas mais seguros. 

Joana Suarez apresentou as  possibilidades e desafios impostos por meio da realização do jornalismo independente. “Trabalhar como jornalista freelancer abre a possibilidade de trabalhar em diferentes lugares do Brasil, possibilitando a descentralização das informações que costumam circular predominantemente nos grandes centros”, destacou a jornalista pernambucana. 

O pesquisador e professor na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)  Rogério Christofoletti enfatizou que as péssimas condições de trabalho interferem na produtividade e no resultado do trabalho jornalístico. “Mais do que produzir, o jornalista busca a satisfação pessoal, justiça e equilíbrio. Com a precarização e ameaças, geradas pela insegurança e pela falta de proteção ao profissional, muitos jornalistas tendem a se resguardar, interferindo diretamente na qualidade da apuração e no aprofundamento dos fatos”, analisou o professor da UFSC. 

A professora e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (USP) Cláudia Nonato retratou a realidade atual do jornalismo brasileiro, através de dados estatísticos sobre representatividade de gênero e racial nas redações dos veículos de comunicação. Além disso, a professora abordou sobre o aumento da precarização desde o início do século XXI, com o surgimento de sites com características noticiosas, mas produzidos por pessoas sem o diploma de jornalista, quadro provocado a partir do maior uso da internet. Cláudia ainda discorreu sobre outras mudanças geradas na rotina de trabalho, que provocaram problemas de precarização da profissão, tais como o aumento das horas trabalhadas, o acúmulo de funções e a necessidade de rapidez na circulação das informações. Esse último fator contribui para a falta de checagem das notícias. 

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