Quarta-feira, 15 de outubro de 2014 - 06h21
Mariana Tokarnia e Yara Aquino
Agência Brasil
A formação de professor começou na faculdade para Thiago Bahé. Foram estágios e plantões para tirar dúvidas que o colocaram em contato com os estudantes para ensinar uma disciplina temida: física. Ele graduou-se em 2011 e, desde então, está na sala de aula. Leciona na escola particular Mackenzie, no Lago Sul, em Brasília, e na rede pública, no Centro de Ensino Fundamental São José, em São Sebastião, no Distrito Federal, onde dá aulas para a Educação de Jovens e Adultos. Os alunos são todos do 9º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio.
“Tenho convicção de que a gente precisa utilizar recursos que facilitem ou deixem a física mais concreta para os alunos”, diz Bahé, que utiliza recursos audiovisuais para ajudar na compreensão. São slides e simulações, muitas disponibilizadas por instituições de ensino superior como a Universidade de Brasília (UnB).
“Usei uma simulação para ensinar fenômenos sonoros. Com ela, os alunos puderam ver a imagem da onda e ouvir qual era o efeito gerado por aquele fenômeno. Diferente do quadro, ele teve a oportunidade de visualizar aquilo”, exemplifica o professor.
Com 26 anos, Thiago Bahé acredita que para conseguir o respeito dos alunos o principal caminho é mostrar domínio do conteúdo. “Se demonstrar insegurança ou que não se preparou, inevitavelmente o professor vai ser motivo de desconfiança e vai perder o controle”.
Mesmo tendo feito estágio em escolas durante a faculdade, Bahé diz que o que o ajudou a dar aula foi a experiência. “Acredito que o ensino de física ainda é feito por professores que estão envolvidos com a área de pesquisa, e o foco não é o ensino em si. Isso contribui muito para a distância do conteúdo visto ou a forma como é visto na universidade e em sala de aula”, diz.
O método de Bahé trouxe frutos. Ele iniciou um projeto próprio, um curso de acompanhamento para vestibular em turmas pequenas, até oito alunos. Estudante de mestrado, o professor tem vontade de dar aulas no ensino superior, formando futuros professores. “Acho que é necessária uma renovação dos cursos de licenciatura para que se tenha mais preparo para o ensino básico”, diz.
Desde julho, Yuri Soares Franca dá aulas de história para estudantes do Centro de Ensino Médio 01 de Sobradinho, escola da rede pública do Distrito Federal. Com 29 anos, ele seguiu os passos da mãe, que também é professora. Nas aulas, busca ensinar traçando um paralelo entre os acontecimentos históricos e os dias atuais. “Busco mostrar que o mundo foi historicamente e sociologicamente construído”, conta.
No próximo ano, o professor pretende pleitear equipamentos, como câmeras e máquinas fotográficas, por meio de programas governamentais, para incrementar o ensino com atividades práticas.
Para Yuri, ainda há muitos docentes que têm uma concepção errada dos jovens e da educação, e é preciso mudar essa visão para construir um bom ambiente na sala de aula. “É uma concepção que, muitas vezes, só vê o adolescente como problema e não como alguém com quem você precisa dialogar, mostrar o conteúdo com a realidade atual”, acrescenta.
Mesmo com as contradições do ambiente escolar, a avaliação que o professor faz da experiência de lecionar é positiva. “Muitas vezes, a estrutura não é a necessária, o salário nem sempre é o merecido, mas quando você coloca na balança os problemas e as vantagens, o prazer de trabalhar com a juventude supera as dificuldades". Para ele, ser professor é muito bom”.
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