Quarta-feira, 1 de outubro de 2025 - 15h03

Com a proximidade do período de
matrículas e rematrículas em Rondônia, muitos pais se deparam com o reajuste
das mensalidades em escolas particulares. A prática é legal, mas precisa ser
transparente e seguir critérios definidos em lei. Para 2026, a expectativa é de
que os valores pesem ainda mais no bolso das famílias. Um levantamento da
empresa de consultoria Grupo Rabbit prevê que as mensalidades das escolas
particulares devem subir, em média, 9,8% na virada de 2025 para 2026. O índice,
se confirmado, será mais do que o dobro da inflação projetada para o próximo
ano (4,81%).
A professora de Direito da
Estácio UNIJIPA, Gabriela Eusafa, mestre em Direito do Consumidor, explica que
a Lei nº 9.870/1999 autoriza as instituições a reajustarem o valor apenas uma
vez ao ano. “A escola pode reajustar a mensalidade conforme o aumento de
custos, como salários de professores, manutenção e melhorias. A lei não fixa um
percentual máximo, mas exige que o reajuste seja justificado e não abusivo”,
destaca.
Além disso, a legislação
determina que as instituições apresentem, com antecedência mínima de 45 dias,
uma planilha de custos detalhando os motivos do aumento. “Isso garante clareza
e o direito à informação previsto no Código de Defesa do Consumidor. O
responsável precisa entender o que está pagando e por que houve alteração no
valor”, reforça Gabriela.
Quando o reajuste parece abusivo,
o caminho inicial é buscar diálogo direto com a escola. Caso não haja acordo,
os pais podem recorrer ao Procon. “O órgão analisa se o reajuste foi
devidamente justificado, pode intermediar acordos e aplicar sanções quando
identifica abusividade. É uma forma de equilibrar a relação entre escola e
famílias”, completa a especialista.
Orçamento Familiar - Do ponto de
vista da administração, os reajustes também exigem preparo financeiro por parte
das famílias. O coordenador dos cursos de Administração e Ciências Contábeis da
Estácio UNIJIPA, João Bosco de Moura Filho, lembra que o aumento ocorre a
partir de fatores que compõem a operação escolar.
“O reajuste não é definido de
forma aleatória. Ele considera elementos como inflação acumulada, custos com
professores, manutenção da estrutura e, em alguns casos, investimentos
planejados, como abertura de novas turmas ou melhorias na infraestrutura”,
explica.
Diante desses reajustes anuais, o
professor orienta que as famílias planejem o orçamento com antecedência.
“É importante já prever no
orçamento as despesas escolares do ano seguinte. Sempre que possível, guardar
um valor ao longo do ano ajuda a ter mais poder de negociação. Muitas vezes, ao
antecipar uma mensalidade ou negociar o pagamento de materiais, é possível conseguir
descontos ou até evitar parte do reajuste”, aconselha Bosco.
Outro ponto que merece atenção
são as diferentes condições de pagamento oferecidas pelas escolas.
“O pagamento à vista costuma
trazer descontos próximos a 10%, o que é muito vantajoso quando comparado a
investimentos em renda fixa, que dificilmente rendem esse percentual ao ano. Já
o parcelamento pode ser uma boa alternativa se for sem juros, pois permite que
a família mantenha o dinheiro investido enquanto quita as parcelas. Mas
parcelamentos com juros devem ser a última opção, pois geralmente encarecem
bastante a mensalidade”, alerta.
Por fim, Bosco orienta atenção ao
equilíbrio do orçamento: “A mensalidade escolar não deve comprometer mais do
que 20% a 25% da renda familiar. Acima disso, o risco de desorganização
financeira é grande. É importante também ter uma reserva de emergência, já que
imprevistos acontecem e podem comprometer o pagamento. Em alguns casos, se a
mensalidade estiver muito além da realidade da família, é válido buscar bolsas,
descontos ou até uma escola com valor mais adequado”, conclui.
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