Quinta-feira, 11 de maio de 2023 - 16h12

O governo federal vai editar uma medida provisória
para regulamentar o mercado de apostas esportivas no país, informou hoje (11),
em Brasília, o Ministério da Fazenda. O texto foi encaminhado para os
ministérios coautores: Planejamento, Gestão, Saúde, Turismo e Esportes. Após
avaliação e assinatura, a proposta será encaminhada à Casa Civil, antes de ser
submetida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O texto se debruça especificamente sobre a
regulamentação de apostas de quota fixa, conhecidas como mercado de bets.
Segundo o Ministério da Fazenda, a partir desse processo, os ministérios terão
a possibilidade de editar portarias com regras para criar mecanismos que evitem
e coíbam os casos de manipulação de resultados.
Fonte de receita
A proposta também vai assegurar uma nova fonte de
receita para o país. Pelo texto, as empresas serão taxadas em 16% sobre a
receita obtida com todos os jogos feitos (chamado Gross Gaming Revenue, GGR),
subtraídos os prêmios pagos aos apostadores. Sobre o prêmio recebido pelo
jogador, serão tributados 30% de imposto de renda, respeitada a isenção de R$
2.112.
A medida provisória prevê ainda a criação de uma
secretaria dentro da estrutura do Ministério da Fazenda. Ela será responsável
pela análise de documentos para aprovação do credenciamento de empresas de
apostas no país. Essa secretaria também acompanhará o volume de apostas e a
arrecadação, garantindo maior controle sobre o mercado de apostas esportivas de
quota fixa.
“A medida provisória estabelece que somente as
empresas habilitadas poderão receber apostas relacionadas a eventos esportivos
oficiais, organizados por federações, ligas e confederações. As empresas não
habilitadas incorrerão em práticas ilegais e estarão proibidas de realizar
qualquer tipo de publicidade, inclusive em meios digitais”, disse o Ministério
da Fazenda.
Divisão
O Ministério da Fazenda explicou, também, que a
arrecadação proveniente de apostas do tipo bets será dividida entre as áreas de
educação básica, segurança pública, ações sociais e clubes esportivos.
“Dos 16%, 2,55% serão destinados ao Fundo Nacional
de Segurança Pública para ações de combate à manipulação de resultados, à
lavagem de dinheiro e demais atos de natureza penal que possam ser praticados
no âmbito das apostas ou relacionados a ela. Serão destinados ainda 0,82% para
a educação básica, 1,63% para os clubes esportivos, 10% para a seguridade
social e 1% para o Ministério dos Esportes”, detalhou.
A iniciativa de proposta visa a regulamentação para
o setor de apostas esportivas do tipo bets e ocorre na sequência do escândalo
envolvendo indícios de manipulação de resultados em competições esportivas.
A repercussão fez com que o ministro da Justiça,
Flávio Dino, determinasse
(https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2023-05/flavio-dino-determina-que-pf-investigue-fraudes-em-jogos-de-futebol)
à Polícia Federal (PF) instauração de inquérito para investigar o caso. A
determinação ocorreu logo após o Ministério Público de Goiás (MP/GO) denunciar
à Justiça 16 pessoas por fraudes para manipular resultados de 13 partidas de
futebol (oito do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, uma da Série B de
2022 e quatro de campeonatos estaduais de 2023) para favorecer apostas
esportivas.
Segundo nota da assessoria de imprensa do MP/GO, a
denúncia, assinada por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Combate ao Crime Organizado, é
resultado da Operação Penalidade Máxima II.
Segundo os promotores, “trata-se de atuação
especializada visando ao aliciamento e cooptação de atletas profissionais para,
mediante contraprestação financeira, assegurar a prática de determinados
eventos em partidas oficiais de futebol e, com isso, garantir o êxito em
elevadas apostas esportivas feitas pelo grupo criminoso em casas do ramo, como
www.bet365.com e www.betano.com. O grupo se vale, ainda, de inúmeras contas de
terceiros para aumentar seus lucros, ocultar reais beneficiários e registra a
atuação de intermediadores para identificar, fornecer e realizar contatos com
jogadores dispostos a praticar as corrupções”.
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