Terça-feira, 28 de outubro de 2025 - 19h16

Está em curso no Congresso
Nacional uma proposta que pode redefinir o marco da formalização no Brasil: a
atualização dos limites de faturamento para os regimes MEI e Simples Nacional.
No caso do MEI, o teto vigente de R$ 81 mil por ano — fixado há anos sem
correção pela inflação — é alvo de mudanças. A proposta aprovada no rito de
comissões do Senado eleva esse limite para R$ 140 mil/ano. Já para o regime do Simples (microempresa e
empresa de pequeno porte), o projeto propõe que o teto que hoje está em cerca
de R$ 4,8 milhões para empresas de pequeno porte seja elevado para cerca de R$
8,7 milhões/ano. No Senado, o PLP
60/2025, de autoria da Ivete da Silveira (MDB-SC), foi aprovado na Comissão de
Assuntos Sociais (CAS) e segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Na
Câmara, o PLP 108/2021 (e apensados) trata da atualização conjunta dos tetos do
MEI, ME e EPP, com tramitação avançada nas comissões. E isto nos interessa por demais pois nos dá
maior margem para crescer formalmente porque muitos empreendedores que hoje
ultrapassam o teto de R$ 81 mil acabam migrando para regimes mais pesados ou
informalidade. A elevação permite crescer sem “pular” de regime, melhor acesso
a crédito, benefícios e simplificação tributária — manter o enquadramento
simplificado ajuda no acesso a financiamento, facilita obrigações e reduz custo
de compliance. Sinal de valorização do setor — o fato de o Congresso tratar o
tema mostra que o empreendedorismo está no foco, o que pode gerar melhores
políticas complementares.
Assista:
https://youtu.be/e3P0cQ_Io54
Empurrão ll – Agora é com o
MEI, Micro e Pequeno Empresário cobrar e pressionar por soluções que evitem a
quebra do segmento
• Contate o deputado estadual ou federal — envie um e-mail ou
ligue para o gabinete lembrando que “pequeno negócio pode crescer com teto
maior”.
• Mobilização local — reúna empreendedores da sua
cidade/estado para pedir agenda com parlamentares ou envio de carta-aberta.
• Uso de dados concretos — mencione que, segundo estimativas,
a atualização dos limites pode gerar até 870 mil novos empregos e recuperar
entre R$ 18 bilhões e R$ 22 bilhões em tributos nos próximos anos.
• Estamos a dois degraus de aprovação — com o Senado avançado
e a Câmara mobilizada, o caminho está aberto para que o pequeno negócio tenha
espaço real de crescimento no país. Agora é hora de agir: o convite do SIMPI é
que cada empreendedor pegue o telefone, dispare o e-mail, fale com seu
deputado. Quem quiser ver o próprio negócio crescendo no regime simplificado, o
momento de pressão é agora.
Já no Senado o CAS aprovou o “Super MEI”
No dia 22 de outubro, a
Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal aprovou o Projeto de Lei nº 60
de 2025, que propõe a atualização dos limites de faturamento para enquadramento
do Microempreendedor Individual (MEI). O tema foi analisado pelo advogado
Marcos Tavares, que destacou os principais pontos e possíveis efeitos da medida
sobre o regime tributário dos microempreendedores. O projeto estabelece que o
limite atual de faturamento anual do MEI, fixado em R$ 81 mil, seja ampliado
para R$ 140 mil. A proposta mantém a alíquota de 5% sobre o salário-mínimo para
contribuintes que faturam até R$ 81 mil por ano, mas cria uma nova faixa de
contribuição de 8% para aqueles que obtêm receita entre R$ 81 mil e R$ 140 mil.
Segundo a análise, a redação atual do projeto apresenta uma lacuna quanto à
forma de aplicação dessas alíquotas. Pela proposta, o microempreendedor que
ultrapassar o limite de R$ 81 mil em faturamento anual passaria a recolher 8%
sobre todo o valor, e não apenas sobre a diferença acima desse limite. A ausência
de uma regra de modulação cria uma mudança abrupta na tributação, podendo
elevar significativamente a carga tributária de quem ultrapassar o valor
estipulado. O advogado observou que o
texto original também previa a possibilidade de o MEI contratar até dois
empregados com carteira assinada e a atualização anual dos limites de
faturamento com base na inflação. Essas disposições, entretanto, foram
suprimidas por emendas durante a tramitação. A retirada desses pontos é
considerada relevante, pois a ausência de correção anual tende a reduzir o
alcance do limite ao longo do tempo, em razão da perda do poder de compra e do
aumento dos custos operacionais. A proposta de ampliação no número de
empregados foi igualmente discutida. A alegação de que a medida poderia gerar
impacto previdenciário foi questionada, sob o argumento de que o efeito seria o
oposto: ao permitir novas contratações formais, haveria ampliação da base de
contribuintes da Previdência e aumento na formalização de postos de trabalho.
Tavares também relacionou o
tema ao Projeto de Lei Complementar nº 108 de 2021, aprovado anteriormente no
Senado Federal e atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados. Esse projeto
trata da atualização dos limites de faturamento para o MEI, microempresas e
empresas de pequeno porte, além de prever a contratação de até dois empregados
e a correção anual dos valores. A aprovação dessa proposta é vista como
essencial para uniformizar e corrigir as distorções entre as faixas de
tributação e as condições de enquadramento. A análise conclui que a discussão
sobre o Projeto de Lei nº 60/2025 envolve não apenas a ampliação dos limites de
faturamento, mas também a necessidade de ajustes técnicos que evitem aumentos
desproporcionais na carga tributária. A tramitação do texto nas próximas etapas
legislativas deverá ser acompanhada de perto por entidades representativas do
setor, em busca de garantir equilíbrio fiscal e estímulo à formalização de
microempreendedores no país.
Assista:
https://youtu.be/itSARuHkrp0
Tarifaço: Hora de deixar ideologias de lado e se
acertar com o Estados Unidos
O professor do Insper, Ricardo
Rocha, apresentou uma análise sobre o contexto econômico e político que
influencia o Brasil e o cenário internacional. A reflexão abordou temas como
política monetária, inflação, crédito, câmbio e as perspectivas para os próximos
anos, considerando o ambiente de incerteza global e os desafios internos do
país. No início de sua avaliação, Rocha destacou o impasse internacional em
torno das tarifas comerciais, ainda sem clareza se se tratam de medidas
estratégicas de pressão política ou de ajustes econômicos estruturais. Segundo
o professor, esse cenário representa um desafio para o Brasil, que, em sua
visão, deveria buscar maior aproximação e cooperação comercial com os Estados
Unidos, de forma a fortalecer suas relações externas e ampliar oportunidades
econômicas. Em relação ao ambiente doméstico, a análise ressaltou que a
economia brasileira enfrenta um contexto de juros elevados, o que impacta
diretamente o custo do crédito e o crescimento das empresas. Rocha observou a
tensão entre o governo federal e o Banco Central em torno da condução da
política monetária, lembrando que o atual presidente da autoridade monetária
foi indicado pela própria administração em curso. Essa situação demonstra que o
tema dos juros continua sendo sensível no campo político, sobretudo pelo efeito
sobre o custo do capital e o ritmo de expansão econômica. Ainda no campo
financeiro, o professor observou que, embora tenham sido suspensas medidas
recentes de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o tributo
continua em patamar elevado, limitando o acesso ao crédito produtivo. Para
enfrentar esse cenário, sugeriu que os empresários busquem fortalecer seus
relacionamentos com instituições financeiras e diversificar as fontes de
financiamento, de modo a manter a atividade empresarial em um ambiente de juros
e custos ainda altos.
Sobre o câmbio, pontuou uma
relativa estabilidade, atribuída à ausência momentânea de ruídos políticos ou
econômicos significativos. No entanto, destacou que a inflação permanece como
um dos principais desafios da política econômica. Apesar de não se encontrar em
níveis críticos, o índice de preços não têm convergido de forma consistente
para o centro da meta estabelecida pelo Banco Central. Nesse sentido, defendeu
que a autoridade monetária adote cautela na condução da política de juros,
evitando reduções abruptas que possam gerar pressões inflacionárias via
desvalorização cambial. O professor também chamou atenção para o comportamento
dos empresários diante do final de ano, período que tradicionalmente registra
aumento de produção e contratações temporárias. Ele ressaltou a importância de
avaliar o desempenho dos trabalhadores contratados de forma sazonal,
considerando a possibilidade de efetivação para o ano seguinte, especialmente
diante das incertezas eleitorais e econômicas previstas para 2026.
Assista :
https://youtu.be/IFFkIqek488
Ninguém aguenta mais esta taxa Selic e o
desequilíbrio fiscal
O economista Roberto Troster
apresentou uma análise sobre o comportamento da taxa básica de juros e suas
implicações para a economia brasileira. O especialista destacou fatores que
influenciam as expectativas do mercado, a dinâmica da inflação e os possíveis
efeitos de uma redução gradual da Selic sobre o crédito e o crescimento econômico.
Atualmente, a taxa Selic
encontra-se em 15%, servindo como referência para todas as demais taxas de
juros da economia. As projeções predominantes indicam que o processo de redução
deverá ocorrer de forma gradual a partir do início do próximo ano. No entanto,
Troster observa que há espaço para um cenário mais otimista, sustentado pela
tendência de queda nas expectativas de inflação, que são determinantes para as
decisões de política monetária. De acordo com o economista, as estimativas de
inflação para este e o próximo ano vêm sendo revisadas para baixo de forma
contínua. Esse movimento está associado, principalmente, ao comportamento de
dois grupos de variáveis. O primeiro é o dos bens comercializáveis — produtos e
serviços influenciados diretamente pela taxa de câmbio. Com a recente
valorização da moeda nacional e a consequente queda do dólar, observa-se
redução nos preços de itens como combustíveis e alguns alimentos, contribuindo
para a desaceleração inflacionária. Troster destacou o exemplo da gasolina,
cujo preço foi reduzido pela Petrobras, movimento que pode se repetir caso o
valor do petróleo no mercado internacional continue em declínio. A queda nos
preços dos combustíveis tende a impactar positivamente o setor de transportes,
reduzindo custos e, por consequência, diminuindo a pressão sobre os índices
gerais de preços. O segundo grupo de variáveis apontado na análise é o dos
serviços. Segundo o economista, não há sinais de aumento significativo nesse
segmento, o que indica que a política monetária de juros elevados vem cumprindo
o papel de conter a demanda e estabilizar os preços. Essa combinação de fatores
cria condições favoráveis para que o Banco Central sinalize, ainda neste ano, a
possibilidade de início de um ciclo de redução da taxa básica de juros. A
diminuição da Selic, quando ocorrer, deverá refletir em menor custo de crédito,
ampliando o acesso a financiamentos e estimulando a atividade econômica. O
aumento do crédito e a consequente redução da inadimplência tendem a
impulsionar o consumo e os investimentos, favorecendo o crescimento do país.
Assista:
https://youtu.be/EVp7qfa5neQ
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