Segunda-feira, 6 de maio de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Economia

E nasce o 38º ministério de Lula


E nasce o 38º ministério de Lula  - Gente de Opinião

Nasce o nosso Ministério da Micro e Pequena Empresa como parte da reforma ministerial. A pasta será a 38° e busca facilitar a acomodação do “Centrão” entre os ministérios do governo. Por outro lado, há poucos indícios de que o novo órgão resolverá a situação e as dificuldades assim como o endividamento em massa das micro e pequenas empresas do País.  A criação do novo ministério chegou a ser descrita como “definida” por um ministro não identificado pela grande imprensa nacional, ou seja, volta com força e sobre os pequenos a manutenção da velha política da troca de ministérios por votos no Congresso.  O novo ministério atrai interesse pela vinculação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) à nova pasta. A vinculação da entidade privada ao ministério tem grande atratividade por ela ser responsável sobretudo por oferecer empréstimos às micro e pequenas empresas. A disponibilização de linhas de crédito está entre as principais iniciativas a serem lançadas pelo novo ministério. 

 

A Reforma Tributária em sua essência 

A partir de janeiro de 2026, será introduzida a cobrança do novo tributo CBS, imposto federal, (substituindo PIS e COFINS), com uma alíquota de 0,9%, não cumulativo e compensável com PIS e COFINS do mesmo mês. Simultaneamente, o IBS, imposto estadual, será implementado, substituindo ICMS e ISS, com alíquota de 0,1%. Segundo o advogado Piraci Oliveira, "inicialmente, em 2026, não haverá redução na carga fiscal, burocracia ou transparência. Do contrário, dois novos tributos - CBS e IBS - surgirão, compensáveis com PIS/COFINS e ICMS". Adicionalmente, o Imposto Seletivo (IS) será criado, visando a regulação do consumo de produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarros e produtos industrializados. Detalhes como alíquota e base de cálculo ainda não foram definidos; a estrutura dessa reforma será estabelecida por meio de lei complementar após a aprovação da reforma tributária. 

Assista: https://youtu.be/jET6QQKG8wg  

 

Economia 1: Políticas de concessão de crédito para pequenas empresas 

A redução da taxa básica de juros por si só não é o suficiente para ajudar quem mais precisa, o tomador do crédito e os micro e pequenos empresários. O advogado Marcos Tavares destaca a necessidade de uma política de crédito abrangente. Ele enfatiza: "é crucial implementar uma política de crédito que alcance diretamente às micro e pequenas empresas. Isso inclui financiamento para capital de giro, inovação tecnológica, aquisição de equipamentos e treinamento, permitindo seu crescimento e evolução para empresas de porte médio". Tavares também aborda a importância de outras políticas de estímulo para o setor, como regularização tributária e condições especiais para parcelamentos e regularização de tributos. Ele acrescenta: "todos saem ganhando, o governo aumenta sua arrecadação à medida que as empresas investem, melhorando a produção e impulsionando contratações, salários e qualificação técnica." O SIMPI está colaborando com o poder executivo, legislativo e frentes parlamentares para desenvolver projetos e normas que fomentem os investimentos nas micro e pequenas empresas 

Assista: https://youtu.be/nXgFCcoKv88 

 

Economia 2: veremos um crescimento das exportações amazônicas diz APEX 

O Brasil ainda aproveita pouco o potencial de exportação dos produtos amazônicos, incluindo itens bastante procurados por consumidores estrangeiros, como a castanha e o açaí. Segundo o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, o comércio de mercadorias compatíveis com o uso florestal sustentável e aceitos internacionalmente tem o potencial de movimentar, em todo o mundo, cerca de US$ 150 bilhões. Jorge Viana diz que o potencial é enorme, “mas dos cerca de US$ 334 bilhões que o Brasil exportou no ano passado, o Norte exportou US$ 28 bilhões, dos quais US$ 21 bi saíram do Pará. Alguém vai dizer que é muito, mas se comparado aos US$ 334 bilhões totais, é muito pouco. A mesma coisa para o Nordeste, que exportou US$ 27 bi", comentou Viana. Como exemplo vimos que enquanto a Costa do Marfim exporta 2,2 milhões de toneladas de cacau, o Brasil produz cerca de 300 mil toneladas. 

  

Economia 3: BID e BNDES vão investir R$ 4,5 bi em pequenos negócios na Amazônia 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) assinaram carta de intenções com o objetivo de implementar o Programa de Acesso ao Crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas e Pequenos Empreendedores (Pró-Amazônia), que investirá R$ 4,5 bilhões. Segundo Mercadante, o objetivo é proporcionar crédito mais comprometido com a "geração de emprego, renda e alternativas para uma economia sustentável, criativa, de inovação e uma economia que mantenha a floresta em pé”. Mercadante disse que, para manter a floresta em pé, é preciso gerar pesquisa e produtos que desenvolvam uma bioeconomia.  “Até final de setembro, no mais tardar no início de outubro, nós teremos o portal da transparência desses projetos. Qualquer cidadão, a imprensa e a sociedade civil vão poder entrar no sistema”. Acrescentou ainda que um dos objetivos é acabar com a polarização entre meio ambiente e desenvolvimento. Presente ao evento, Marina Silva diz que “a Amazônia tem lugar para todas as atividades”. E complementa” tem lugar para o agronegócio de base sustentável. Tem lugar para o turismo, tem lugar para o extrativismo, tem lugar para os povos indígenas, tem lugar para bioeconomia” 

 

Economia 4:  Promoção Comercial e o #somazero 

Bruno Alves  é Mestre em Ciências  e assessor do Simpi e nos conta: a política comercial é um jogo de #somazero, sendo o ganho obtido por um agente equivalente à perda sofrida pelo seu oponente. Na disputa do Estados Unidos e do Brasil pelo acesso ao mercado japonês de etanol, temos um exemplo muito claro da  dinâmica de ação mercadológica. Antes de 2018, o Japão usava exclusivamente etanol importado do Brasil. Essa decisão era baseada na diferença entre a pegada de carbono do produto americano e brasileiro. Por ter menor impacto, os produtores brasileiros tinham preferência de acesso. Naquele ano, contudo, os produtores e a representação diplomática daquele país iniciaram uma ofensiva técnica e política sobre as autoridades japonesas, que levaram o Japão a autorizar que 44% do mercado doméstico fosse abastecido com o biocombustível americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e a Embaixada dos Estados Unidos no Japão se aproximaram da Agência Financeira do Japão (FSA) e do Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão (METI) e fizeram um trabalho paciente e consistente. Com recursos do Programa de Acesso a Mercados (MAP) e do Fundo de Promoção Comercial Agrícola (ATP), os americanos conseguiram agora em #2023 abrir completamente o mercado japonês, criando uma oportunidade de 821 milhões de litros anuais, com valor estimado de US$ 434 milhões. Ficam 3 lições desse caso concreto para o Brasil: 

 

  • A promoção comercial é uma arma eficiente na guerra comercial; 
  • É preciso atuar com vontade no cenário internacional. O concorrente tem apetite e não pode jogar sozinho, porque a solução será de #somazero
  • Sem suporte político, não há margens para negociação. 

 

O Brasil poderia ter procurado jogar com uma estratégia diferente. Se tivesse colocado peso político e econômico nas discussões, as perdas consideráveis levariam os dois lados a uma solução de #equilibrio, como explicou em seus artigos John Forbes #Nash. Não teríamos sido levados a uma perda proporcional aos ganhos dos americanos. O resultado agora está posto. 

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 6 de maio de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

FIERO firma parceria com a Caixa Econômica Federal

FIERO firma parceria com a Caixa Econômica Federal

A Federação das Indústrias de Rondônia (FIERO) e a Caixa Econômica Federal uniram forças em uma parceria estratégica para enfrentar os desafios pelo

Startups de Bioeconomia de Rondônia participam do Inova Amazônia 2024

Startups de Bioeconomia de Rondônia participam do Inova Amazônia 2024

Nos dias 09 e 10 de maio, o Centro de Convenções Vasco Vasques, em Manaus (AM), será palco do Inova Amazônia 2024, um evento do Sistema Sebrae que r

Vinte indústrias já aderiram ao Brasil Mais Produtivo em Rondônia

Vinte indústrias já aderiram ao Brasil Mais Produtivo em Rondônia

Vinte indústrias já fecharam contrato em Rondônia para serem atendidas pelo Brasil Mais Produtivo, programa coordenado pelo Governo Federal, e que t

Como o Giro Empreendedor impulsionou o pequeno negócio de uma vendedora ambulante de bolos

Como o Giro Empreendedor impulsionou o pequeno negócio de uma vendedora ambulante de bolos

"De ambulante à empresária", este é o título da palestra que Romária Pessoa da Silva ministra atualmente e inspira centenas de pequenos empreendedores

Gente de Opinião Segunda-feira, 6 de maio de 2024 | Porto Velho (RO)