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Economia - Nacional

Superávit primário de março foi o menor desde 2


Martha Beck - Agência O Globo BRASÍLIA - O superávit primário do setor público em março, que ficou em R$ 7,1 bilhões, foi o menor já registrado para esse mês desde 2003. Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, isso ocorreu devido ao pagamento de precatórios e também à distribuição de dividendos ocorridos no período. Lopes explicou que somente o pagamento de sentenças judiciais chegou a R$ 3,4 bilhões, sendo R$ 2,1 bilhões do INSS e R$ 1,3 bilhão do governo federal. Já os dividendos pagos por estatais somaram R$ 2,047 bilhões: R$ 655 milhões para o governo federal (o que tem efeito neutro nas contas) e R$ 1,392 bilhão que foi repassado ao setor privado. - O resultado não foi dos melhores porque houve uma concentração forte de pagamento de precatórios tanto do governo federal quanto do INSS. Além disso, houve o pagamento de dividendos por estatais. Não fossem esses fatores, o resultado teria sido melhor, o que mostra que a responsabilidade fiscal permanece - disse Lopes. Ele ressaltou, no entanto, que o superávit primário deve voltar a subir em abril: - Março foi um ponto fora da curva. O funcionário do BC disse ainda que o resultado de março acabou provocando um leve aumento da relação dívida/PIB. No mês, essa relação ficou em 45% do PIB, mas o percentual deve voltar a baixar em abril, fechando o mês em 44,7%. No ano, a dívida do setor público deve ficar em 44,2% do PIB, subindo para 44,7% caso o Projeto Piloto de Investimentos (PPI) seja totalmente abatido do superávit primário. No período acumulado em 12 meses, o superávit primário ficou em R$ 96,4 bilhões, ou 4,08% do PIB, sendo que a meta para o ano é de 3,8% do PIB. Lopes admitiu que o fato de governos estaduais e municipais não estarem investindo neste início de ano colaborou para deixar a economia de recursos para pagar juros da dívida mais elevada. - Em ano de mudança de gestão, os governos costumam demorar para fazer investimentos. Eles ainda não estão liberando recursos em montante suficiente para afetar o primário. Mas a tendência é que isso (os desembolsos) aumente ao longo do ano - afirmou Lopes.

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