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Economia - Nacional

Roberto Sobrinho defende atividade pesqueira



O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, defendeu na abertura do whorkshop “Políticas Públicas Pesqueiras e Aquícolas para as Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau”, o uso da pesca como alternativa de desenvolvimento econômico do município no período pós-usina. O evento realizado no Aquárius Selva Hotel, nesta quarta-feira, 23, teve a presença do governador Confúcio Moura e da ministra Ideli Salvatti, do Ministério da Pesca e Aquicultura, dos representantes das usinas de Jirau e Santo Antônio, além de outras autoridades.

Roberto Sobrinho foi enfático em afirmar que a capital de Rondônia tem um grande potencial hídrico, representado pelo rio Madeira, um dos principais afluentes do rio Amazonas, e por inúmeros lagos e igarapés. Mas mesmo assim, não consegue utilizar esses recursos naturais para a produção de pescado em grande escala. “O setor hoje é desorganizado, e por isso a produção é incipiente. Mas isso não quer dizer que não produzimos nada, muito pelo contrário, grande parte da nossa produção pesqueira, vai direto para Manaus e é computado como produção do estado do Amazonas. Só que esse pescado saiu daqui de Porto Velho”, disse.

Mudar esse cenário e começar a organizar o setor para trabalhar a produção de forma planejada, visando agregar valor ao produto, na avaliação do prefeito é primordial para fomentar o desenvolvimento local com base numa nova matriz econômica para a geração de emprego e renda, dentro da perspectiva da economia solidária, quando as obras das usinas do Madeira forem concluídas.

 

Polo Pesqueiro

Companheiro de Ideli Salvatti desde os tempos do movimento sindical, Roberto Sobrinho adiantou que, a vinda da ministra representa um passo importante para essa mudança. “A ministra veio para discutir a implantação de um grande pólo pesqueiro em Porto Velho. E esse é um projeto que já defendemos há muito tempo, inclusive com a utilização dos lagos, gerados a partir da barragem das duas usinas”, revelou.

O projeto envolve investimentos na ordem de R$ 80 milhões e será financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com o pólo pesqueiro funcionando, além de abastecer o mercado local, Porto Velho tem condições de suprir 20% da demanda nacional e Rondônia será o maior produtor de peixe do país, e vai gerar mais de quatro mil empregos. “Daí a importância da visita da ministra Ideli Salvatti”, enfatizou o prefeito.

A ministra lembrou que esta é a primeira ação do Governo Federal, depois que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei em dezembro do ano passado, que reconhece os pescadores e aquicultores como trabalhadores atingidos por barragens. A lei prevê compensações econômicas no caso de impactos causados às populações atingidas pela construção de hidrelétricas, definindo as características dos danos e como vai proceder a reparação aos atingidos pelas barragens. “Desenvolver políticas focadas nos menos favorecidos foi uma determinação passada pela presidente Dilma, quando assumi o ministério. Daí a importância do pólo pesqueiro de Porto Velho, porque ele será um projeto de inclusão social e ecologicamente correto por não agredir o meio ambiente. E por ser um projeto economicamente sustentável e que preserva o meio ambiente, ele é um projeto viável”, disse.

Na solenidade, a ministra também fez a doação de um caminhão frigorífico à prefeitura de Porto Velho, para ser utilizada pela secretaria municipal de Abastecimento e Agricultura (Semagric) no setor pesqueiro.

Fonte: Joel Elias / Foto: Medeiros
 

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