PVH será o centro da comercialização entre Brasil e Peru

No dia 09 de agosto, Rondônia será palco da feira internacional que vai incentivar os negócios entre o Brasil e o Peru, principalmente para os estados que compõe a Amazônia brasileira. Trata-se da Expo Peru Amazônia 2012, que acontecerá em Porto Velho e será realizada pelo governo peruano em parceria com o governo de Rondônia e entidades do setor produtivo. Os peruanos pretendem trazer para cá cerca de 150 peruanos entre empresários e autoridades políticas.

De acordo com o conselheiro econômico e comercial da embaixada peruana no Brasil, Antônio Castilho, Rondônia foi escolhida por estar no centro da América Latina, por ter acesso aos demais mercados do sul do país e a rota fluvial pela hidrovia do Madeira para o oceano Atlântico. “Rondônia deve ser a âncora de desenvolvimento dessas relações entre o Brasil e o Peru. Essa será a grande oportunidade de mostrar o que Peru quer comprar e de Rondônia para mostrar o que pode vender”, explica.

Além de Antônio Castilho, o cônsul do Peru para Rondônia e Acre, Jesus Carranza, esteve na visita que começou na cidade de Vilhena no dia 20 e nos dias 21 e 22 em Porto Velho, onde foram acompanhados por Miguel de Souza, grande idealizador da rota comercial de Rondônia com Peru, através da saída para o pacífico. Na capital, a comissão traçou detalhes da feira com o secretário de estado do Desenvolvimento Econômico Social (Sedes), Edson Vicente; com o secretário chefe da Casa Civil, Juscelino Amaral; com o presidente da Fecomércio, Raniery Coelho; com o presidente da Fiero, Denis Baú e com o diretor superintendente do Sebrae, Pedro Teixeira.

“O comércio com Peru é a redenção da nossa economia e a grande mola para estimular a industrialização de Porto Velho e demais municípios do Estado. É chegado o momento de efetivar o comércio e o intercâmbio entre Rondônia e o Peru, mas para isso é preciso que o governo do Estado, junto com a bancada federal, e as entidades do setor produtivo cobrem do governo federal soluções emergentes para as questões que ainda impedem a efetivação do comércio entre os dois países pela Interoceânica (estrada que liga o Brasil aos portos do Peru)”, destaca Miguel de Souza.

É preciso revisar as tarifas dos produtos que Rondônia tem potencial para exportar como a carne, os grãos (soja, milho, arroz, feijão) e os produtos industrializados, bem como para a importação dos produtos peruanos como o pescado, as frutas secas, o vinho, tecidos, sal mineral e outros.

Outras questões levantadas por Miguel de Souza são a regulamentação das transportadoras, pois atualmente para se levar cargas é preciso fazer o transbordo, o funcionamento efetivo da alfândega na região de fronteira, e a criação da rota aérea comercial entre Rondônia e o Peru, pois “o empresário não pode passar um dia inteiro viajando para tratar de negócios e uma rota comercial aérea é fundamental para que eles possam vender ou comprar produtos com mais agilidade”.

E por último, mas de extrema importância para a concretização dessa rota comercial, acelerar a finalização do projeto da construção da ponte sobre o rio Madeira no distrito do Abunã, com o início urgente das obras, para definitivamente finalizar a tão sonhada “saída para Pacífico”, idealizada por Miguel de Souza desde o início dos anos 90.

Fonte: Eficaz Comunicação