Domingo, 3 de abril de 2011 - 09h05
Vanessa Brito
Brasília - O pescado de água doce é a base da famosa culinária cuiabana. Em tempos de quaresma e Páscoa, a demanda do produto aumenta e movimenta ainda mais a economia local e regional. Em Mato Grosso, existem cerca de 950 piscicultores, e 4 mil pessoas dependem da produção para sobreviver. Na Páscoa deste ano, a média de expectativa é de que as vendas serão superiores em 50% ao ano passado.
“A Páscoa é a nossa safra, quando fazemos o pé de meia para o resto do ano”, ressalta Maria da Glória Bezerra Chaves, presidente da Associação dos Aquicultores do Estado de Mato grosso (Aquamat). Ela é piscicultora no Vale do Rio Cuiabá desde 1998 e se tornou uma liderança do segmento no estado. Atualmente a Aquamat é integrada por 96 associados da baixada cuiabana.
Os peixes pintado, tambacu, pacu e piauvuçu são as espécies mais produzidas nos viveiros de Mato Grosso. Os clientes dos associados da Aquamat são atacadistas e donos de restaurantes no estado e em Tocantins.
Maria da Glória destaca o tambacu, que chega ao consumidor final por R$ 8/kg, como o que mais aprecia. “Ele é muito gostoso, pois se alimenta de frutas e não tem espinhas”, informa.
A Feira Peixe Santo é um dos principais canais de comercialização de pescado na Semana Santa em Cuiabá. Ela é promovida pela prefeitura municipal há 20 anos. Este será o 3º ano em que os piscicultores da Aquamat vão participar da feira, apoiados pelo Sebrae no Mato Grosso. “Antes, o peixe vendido nesse evento era só de rio. Piscicultores não participavam”, conta Maria da Glória.
Melhorias
O Sebrae desenvolve projeto voltado à piscicultura em parceria com o governo estadual e a Aquamat. “Estávamos parados, notificados pela inspeção ambiental. Criamos a associação e fomos lutar. O Sebrae nos ajudou muito. Em 2005, minha produção aumentou em 100%”, conta a presidente da entidade.
No momento, a Aquamat está se dedicando ao desenvolvimento de propostas de melhorias para a lei estadual ambiental. Uma das ideias é propor a concessão de bolsa-família e acesso a financiamentos para piscicultores com propriedades até cinco hectares. A isenção de impostos atual atinge produtores de pescado com até um hectare.
A Aquamat propõe ampliar a isenção para piscicultores com até 5 hectares de terra. Um selo de qualidade para os produtos da piscicultura também está entre as propostas da Aquamat. Ainda há viveiros operando na clandestinidade e gerando impacto ambiental. “O objetivo é diferenciar quem respeita a legislação ambiental de quem não o faz”, acrescenta Maria da Glória.
fonte: Agência Sebrae de Notícias
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